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ABL perde um grande prosador, diz filólogo Evanildo Bechara

O acadêmico e filólogo Evanildo Bechara comentou a morte do amigo e colega de Academia Brasileira de Letras João Ubaldo Ribeiro, que morreu na madrugada de hoje

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2014 às 14h45.

Rio de Janeiro - O acadêmico e filólogo Evanildo Bechara comentou - bastante abatido - a morte do amigo e colega de Academia Brasileira de Letras (ABL), João Ubaldo Ribeiro, que morreu na madrugada de hoje (18), aos 73 anos, vítima de embolia pulmonar, em casa, no Rio de Janeiro.

O corpo do acadêmico será velado a partir das 11h, na sede da ABL, no centro do Rio.

Bechara disse que depois da ABL se recuperar da morte do acadêmico Ivan Junqueira, morto recentemente, e de comemorarar na noite passada (17), o aniversário de 117 anos da instituição, recebeu hoje a triste notícia da morte de João Ubaldo Ribeiro.

"A ABL que procura ser uma reunião dos grandes expoentes da literatura brasileira acaba de sofrer um golpe rude com a morte de João Ubaldo. Ele era talvez a nossa maior expressão na prosa. Homem que tem livros que vão ficar durante muito tempo como representativos da moderna literatura brasileira. Um homem culto. Não somente um grande prosador, um grande cronista, mas também grande conhecedor das coisas. Um homem de uma grande cultura geral que espargia nos seus artigos. Um homem que representava muito bem o Brasil dentro e fora das suas fronteiras. De modo que a Academia Brasileira de Letras se sente profundamente de luto depois dessas duas tão grandes perdas em tão pouco espaço".

O escritor, jornalista e acadêmico João Ubaldo Ribeiro, foi ganhador do Prêmio Camões de 2008, maior premiação para autores de língua portuguesa.

É autor de romances como Sargento Getúlio; O Sorriso do Lagarto; A Casa dos Budas Ditosos; e Viva o Povo Brasileiro, que chegou a ser tema de samba-enredo da Escola de Samba Império da Tijuca, no carnaval de 1987, no Rio de Janeiro.

Nascido na Bahia, quando completou 2 meses de idade, a família mudou-se para Aracaju (SE), onde passou parte da infância.

Seu pai, Manuel Ribeiro, advogado de renome na capital baiana, e também professor, não admitia a ideia de ter um filho analfaberto e, em 1947, contratou um professor, para dar aulas particulares para João Ubaldo.

Estreou no jornalismo em 1957, trabalhando como repórter no Jornal da Bahia.

Depois transferiu-se para a Tribuna da Bahia, onde chegaria a exercer o posto de editor-chefe. Juntamente com Glauber Rocha, editou revistas, jornais culturais e participou do movimento estudantil em 1958.

Em 1964, João Ubaldo parte para os Estados Unidos, por meio de uma bolsa de estudos conseguida junto à embaixada norte-americana, para fazer mestrado em Ciência Política na Universidade da Califórnia do Sul.

Atualmente, João Ubaldo Ribeiro colaborava nos jornais O Globo, além de jornais da Alemanha, Portugal, O Estado de São Paulo e A Tarde.

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