Casual

ABL entra no processo contra censura de biografias

A entidade fará parte da ação e se manifestará formalmente a favor da tese que libera as biografia


	ABL: a medida demonstra como os editores estão se reforçando na briga pela Lei das Biografias
 (Wikimedia Commons)

ABL: a medida demonstra como os editores estão se reforçando na briga pela Lei das Biografias (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2013 às 10h02.

São Paulo - A Academia Brasileira de Letras vai entrar nesta semana como ‘amicus curiae’ na Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade), no processo movido pelos editores de livros no Supremo Tribunal Federal contra a censura prévia nas biografias. Isso significa que a ABL, mesmo não fazendo parte do caso, voluntaria-se a oferecer informações que possam ajudar a corte a decidir.

Com isso, a entidade fará parte da ação e se manifestará formalmente a favor da tese da Adin nos autos. Ela também vai se manifestar quando a ação for a julgamento pelo plenário do STF. O Instituto Histórico e Geográfico é outra instituição que já havia feito isto. A iniciativa foi apoiada pelos imortais em votação semana retrasada passada.

A medida demonstra como os editores estão se reforçando na briga pela Lei das Biografias, como estão sendo chamadas as mudanças propostas na Câmara pelo deputado federal Newton Lima (PT-SP).

Já o lado oposto, formado essencialmente pela Associação Procure Saber, enfrenta uma série de discussões internas. Em sua coluna publicada ontem, 3, no jornal O Globo, Caetano Veloso, um dos integrantes do grupo (ao lado de Roberto Carlos, Gilberto Gil, Chico Buarque e outros), criticou publicamente a atitude de Roberto, que "só apareceu agora, quando da mudança de tom" na discussão sobre as biografias.

Ele se refere à entrevista que Roberto concedeu ao Fantástico na semana retrasada, quando declarou ser a favor das publicações sem autorização prévia. "RC só apareceu agora, quando da mudança de tom. Apanhamos muito da mídia e das redes, ele vem de Rei. É o normal da nossa vida. Chico era o mais próximo da posição dele; eu, o mais distante", escreveu Caetano.

Caetano afirmou também que o advogado de Roberto, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, tido como novo porta-voz e que sugeriu o fim da Procure Saber, "não fala oficialmente pela associação". "Bem, o mínimo que posso dizer é que justamente meu desprezo pela ideia de cuidar de minha imagem como quem a programa para obter aprovação é o mesmo que me leva a tender para a liberação das biografias e a olhar com desconfiança para o conselho do especialista", escreveu Caetano.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:CensuraLegislaçãoLivros

Mais de Casual

Preta Gil para além da música: os impactos da cantora no mercado publicitário

A natureza como a grande inspiração para as joalherias em 2025

Do encontro entre três premiados cantores brasileiros nasceu um dos álbuns mais escutados do ano

Cooperativa de crédito instala bar dentro de agência em Curitiba e transforma cofre em adega