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Aberto da Austrália: começa o Grand Slam do confinamento

Os melhores jogadores do mundo, como Novak Djokovic, Rafael Nadal e Naomi Osaka, ficaram isolados em hoteis e participaram de seis torneios ao mesmo tempo na véspera

Novak Djokovic celebra vitória em edição anterior do Aberto da Austrália: pedido de regalias desta vez  (Toby Melville/Reuters)

Novak Djokovic celebra vitória em edição anterior do Aberto da Austrália: pedido de regalias desta vez (Toby Melville/Reuters)

Ivan Padilla

Ivan Padilla

Publicado em 8 de fevereiro de 2021 às 06h45.

O Australian Open, o primeiro dos quatro Grand Slam no calendário, tem duas marcas: as altíssimas temperaturas durante os dias de jogo, usualmente em janeiro, e a velocidade da bola que corre nas quadras sintéticas e favorece estilos mais agressivos. Neste ano, o Aberto da Austrália, que desta vez foi adiado e começa nesta segunda-feira dia 8 (domingo à noite, no horário de Brasília), será conhecido também como o torneio de confinamento devido à covid-19.

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Os principais jogadores do mundo, como Naomi Osaka e Rafael Nadal, passaram cerca de 20 dias isolados. Entre os dias 14 e 15 de janeiro, cerca de 600 pessoas envolvidas na competição, como atletas, técnicos e membros da comissão, chegaram em 18 voos fretados de sete destinos diferentes. De acordo com os protocolos, assim que desembarcaram na Austrália, todos foram obrigados a fazer quarentena em hotéis.

Quem estava em voos sem pessoas infectadas pelo novo coronavírus foi liberada para treinar cinco horas por dia. Quem viajou com pessoas diagnosticadas com covid não podia sair do hotel para nada, nem fazer as refeições. Segundo jornais locais, alarmes foram até instalados nas portas do quarto. E quem teve teste positivo, como o britânico Andy  Murray, obviamente ficou fora do torneio.

As reações dos tenistas foram as mais variadas. O sérvio Novak Djokovic quis tratamento privilegiado: pediu redução dos dias do isolamento e transferência para uma casa com quadra de tênis. As solicitações foram recusadas. Já a americana Serena Williams, que estreou com vitória sobre a alemã Laura Siegemund por 6 /1 e 6/1, elogiou as medidas. E a cazaque Yulia Putintseva encontrou um rato em seu quarto. A troca de quartos demorou duas horas, devido à situação de quarentena.

A semana anterior ao início do Aberto da Austrália foi marcada por muita confusão. Seis torneios preparatórios foram espremidos entre o fim da quarentena e o começo do Grand Slam. Foram três torneios WTA 500, da associação feminina de tênis, dois ATP 500, no masculino, além do ATP Cup, disputado por jogadores de 12 países.

No Aberto da Austrália, país com bons números no combate ao coronavírus, a ausência mais sentida de longe é a do ex-número um Roger Federer, que se recupera de duas cirurgias no joelho – seu último torneio foi justamente o torneio australiano em 2020. Com a manutenção dos patrocinadores, entre eles a montadora Kia e a marca de relojoaria Rolex, a premiação total de cerca de 71 milhões de dólares continua mantida.

Entre os brasileiros, apenas Thiago Monteiro participa da chave de simples. Luisa  Stefani, Marcelo Melo, Bruno Soares e Marcelo Demoliner jogam no torneio de duplas. A presença de público é restrita, a cerca de 30% da capacidade. Os jogos podem ser acompanhados pela ESPN.

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