O que muitos esperavam que acontecesse veio à tona: a indústria suíça entra oficialmente no mundo dos smartwatches.

O que não deveria ser uma surpresa por conta de toda a especulação em cima do tema caiu quase como uma bomba nos veículos especializados.

O motivo para isso foram as marcas por trás do novo desenvolvimento: Frédérique Constant, Alpina e Mondaine – marcas bastante conhecidas por seus relógios com ótimo custo-benefício, mas que não haviam dado nenhum sinal de que mergulhariam de cabeça do mundo da tecnologia digital.

Os modelos, que devem concorrer com Apple Watch, são de uma nova companhia suíça chamada Manufacture Modules Technologies, resultado de uma parceria entre a companhia de tecnologia “vestível” do vale do silício Fullpower Technologies e Union Horlogère Holding, dona das marcas Frédérique Constant e Alpina.

As peças serão apresentadas durante a Baselworld 2015, que acontecerá dentro de poucas semanas, na cidade de Basileia, na Suíça.

Apesar de não muito familiar, tecnologia da Fullpower já equipa “pulseiras inteligentes” Nike, por exemplo. Até o final deste ano, a pretensão é que cerca de 10 modelos masculinos e femininos estejam no mercado, com entrega a partir de junho deste ano, sob o nome Swiss Horological Smartwatches.

Apenas dois modelos foram anunciados. Um de cada marca. Os valores devem começar a partir de módicos US$ 995, sem adição de impostos e taxas.

Afinal, o que fazem?
A aparência dos modelos lembra bastante a de relógios de ponteiro convencionais. Se você pensa que acessará seus e-mails, enviará mensagens e paquerará pelo seu pulso, esqueça essa ideia.

O conceito de smartwatch pode incluir desde modelos com calculadora lá da década de 1980 até os ultra-tecnológicos de hoje. E estas novidades então exatamente entre tudo o que você já viu.

A função de todos os modelos a serem lançados no quesito inteligência será basicamente a mesma.

Eles serão equipados com um sistema chamado MotionX, que estabelece uma comunicação bidirecional entre aplicativos de iPhone e aparelhos com sistema operacional Android.

Um subdial na posição de 6 horas é quem entregará alguns dados da função “smart” do relógio, como momentos de atividade e descanso.

De acordo com a companhia, o usuário contará com mais de 2 anos de autonomia de bateria, ajuste automático de dia e hora do relógio, rastreador de atividade MotionX, monitorador de sono Sleeptracker, alarmes de ciclo de sono, alertas de atividade, metas de treinamento com e sistema de backup na nuvem e restauração.

Um dos modelos que integrará a linha é Mondaine Helvetica, que homenageia a famosa fonte textual, apresentado em meados de 2014. Já as peças Frédérique Constant e Alpina serão nomeadas como Frédérique Constant Horological Smartwatch e Alpina Horological Smartwatch.

Conforme esperávamos – e expressamos nossos pensamentos neste texto aqui – ao final das contas, houve uma adaptação do mercado relojoeiro de luxo aos novos padrões tecnológicos.

Com mais uma oportunidade de conquista de mercado, alternativa adotada também pela Montblanc, que oferecerá a possibilidade dos usuários de seu modelo Timewalker equiparem a peça com uma “pulseira inteligente”, conforme você já leu aqui.