Ricardo Almeida: alfaiataria reconhecida (Ricardo Almeida/Divulgação)
Editor de Casual e Especiais
Publicado em 12 de novembro de 2025 às 15h33.
A dobradinha futebol e moda costuma render boas parcerias, principalmente durante uma Copa do Mundo. Seleções costumam usar costumes desenhados por estilistas do país. O melhor exemplo é o do time italiano, que já teve parcerias com Dolce & Gabbana e Armani.
Por aqui, a seleção brasileira acaba de renovar o acordo com Ricardo Almeida, o alfaiate mais notório do país, com mais de 40 anos de carreira. Será a terceira vez consecutiva que a marca do estilista vai criar as roupas usadas pelos jogadores nos deslocamentos entre cidades e eventos oficiais durante uma Copa do Mundo.
Nesse novo momento, a Ricardo Almeida traz uma abordagem diferente. Os novos uniformes contarão com peças exclusivas da nova linha da marca, a RA2, um laboratório de ideias que apresenta um olhar experimental e disruptivo da alfaiataria, idealizado por Almeida em parceria com seus filhos mais jovens, Ricardinho e Arthur, além de Gabriel Pascolato.
As modelagens tanto da marca principal como da RA2 estão mais amplas, soltas, em linha com o que se vê hoje nas passarelas e ruas europeias. Provavelmente é o que será usado pelos atletas brasileiros na Copa de 2026 entre Estados Unidos, México e Canadá. As peças só devem ser divulgadas no próximo ano.
"É uma grande honra levar a moda nacional para o cenário mundial pela terceira vez”, diz Almeida. “Para 2026, nosso foco é unir a tradição e a excelência que a CBF conhece com a disrupção e modernidade da linha RA2. Queremos que a seleção mostre ao mundo não apenas a força do Brasil no futebol, mas também o poder e a sofisticação da nossa moda de luxo."
Para a Copa de 2018, na Rússia, Ricardo Almeida e sua equipe chegaram a ir a Berlim, onde a seleção estava concentrada para uma partida amistosa, para fazer as provas das roupas com os jogadores. A roupa então era um costume azul mais convencional, slim, com forro estampado de paisley característico da marca.
Para o Mundial de 2022, no Qatar, a roupa desenhada fugiu do tradicional conjunto de calça e paletó. Almeida desenhou para os jogadores uma camisa de linho, tecido apropriado para o calor local, em gola Mao. Eles também usaram uma echarpe leve com trama aberta, desfiada, em referência aos lenços usados na região, mas com uma modelagem mais próxima das peças ocidentais.