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A São Paulo Fashion Week já começou

Até dia 24, cinemas e centros culturais terão um roteiro de exposições, filmes e oficinas - tudo gratuito e aberto ao público

ONGs fizeram um protesto por maior participação de modelos negros na semana de moda (Dan Kitwood/Getty Images)

ONGs fizeram um protesto por maior participação de modelos negros na semana de moda (Dan Kitwood/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2012 às 20h06.

São Paulo - Faltam dois dias para o início da São Paulo Fashion Week no Parque do Ibirapuera, na zona sul da cidade, mas eventos que têm moda como tema já estão movimentando a cidade. Até dia 24, cinemas e centros culturais terão um roteiro de exposições, filmes e oficinas. Tudo gratuito e aberto ao público.

A programação está espalhada por sete endereços da cidade, como a Pinacoteca do Estado, o Cinema da Universidade de São Paulo (Cinusp) e o Museu do Futebol, no Estádio do Pacaembu - sim, o esporte mais popular do País tem a ver com moda.

Lá haverá, por exemplo, uma oficina de origami na qual as crianças aprenderão a fazer uniformes de futebol. Além de um exposição histórica com camisetas de clubes e uma palestra de como o futebol de várzea determina a moda na periferia.

"Os uniformes dos clubes de várzea são elaborados pela própria comunidade do bairro, que escolhe cores e até modelagem. Mais do que uniformes, as camisetas do time, muitas vezes, viram objeto de desejo" explica Fernando Zelman, de 30 anos, organizador do evento. Curador e pesquisador, ele estará no dia 24 no Museu do Futebol, às 15 horas, para ministrar a palestra Futebol, Cultura Jovem e Arte.

"O evento tem o objetivo de democratizar a moda e aproximá-la do dia a dia das pessoas", diz o curador Zelman. "Muita gente não sabe que moda não é apenas ir ao shopping comprar o modelito da estação. Moda é documentação histórica, expressão de arte e cultura."

Fotografia - É exatamente a documentação histórica do trabalho de grandes costureiros que o público verá na exposição Coulisses de La Mode, na Galeria L’Oleil, da Aliança Francesa, em Santo Amaro, zona sul. São 40 fotos em preto e branco feitas pelo francês Bruno Pellerin. Nos 30 anos passados nos bastidores das principais semanas de moda do mundo, ele registrou o dia a dia das modelos e momentos de descontração das equipes que muitas vezes tinham as ruas da cidade como cenário. A exposição pode ser vista até 11 de fevereiro.

"Pellerin ainda tem um trabalho de luz e sombra muito interessante", diz Juliette Streitwieser, de 36 anos, coordenadora cultural da Aliança Francesa.

Na unidade dos Jardins, de 24 de janeiro a 10 de março, a escola ainda promove a exposição Lumière de Soie, dos irmãos Dorothy e Nido Campolongo. Ela tem um conhecido trabalho internacional com seda e ele, com design de objetos sustentáveis. "O título é uma brincadeira em francês com o conceito ‘luz de si’ e ‘luz de seda’", explica Juliette.

Saint Laurent - No dia 29 de janeiro, às 9 horas, no Reserva Cultural, também está marcado um café típico francês -com direito a croissant e pão de chocolate - antes da sessão do filme O Louco Amor de Yves Saint Laurent. Depois, haverá palestra com profissionais de uma agência de modelos.

Participa também do Circuito de Moda e Arte o Museu Lasar Segall, que ontem recebeu o historiador Bruno Braga para a palestra A Moda no Brasil durante a Semana de 22.

Na próxima edição, segundo os organizadores, haverá exposições e mostras de filmes também na periferia da zona sul e norte da cidade.

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