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Apresentado por DIAGEO

A receita de Bianca Lima para chegar à final do World Class, em Madrid

Mandachuva do Wills Bar, de Porto Alegre, brasileira compete com 49 bartenders de outras nacionalidades no maior torneio de coquetelaria do mundo

Bianca Lima: expectativa para a final, que dará ao ganhador a oportunidade de representar tanto marcas da Diageo Reserve como o próprio World Class  (Felipe Gaieski/Divulgação)

Bianca Lima: expectativa para a final, que dará ao ganhador a oportunidade de representar tanto marcas da Diageo Reserve como o próprio World Class (Felipe Gaieski/Divulgação)

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Publicado em 6 de julho de 2021 às 17h08.

Vencedora da etapa brasileira do World Class Brasil 2021, Bianca Lima já inscreveu seu nome no Hall da Fama da coquetelaria brasileira. Antes dela, só outras duas mulheres — Talita Simões, em 2011, e Adriana Pino, em 2018 — conquistaram o cobiçado título de “Melhor Bartender do Brasil”. “Espero encorajar mais mulheres a participar de competições do universo da coquetelaria”, declarou Bianca na final, ocorrida em abril e transmitida ao vivo pelos canais da EXAME.

Além de trazer maior representatividade feminina para um universo historicamente associado aos homens, a bartender prova que a alta coquetelaria brasileira não está restrita ao eixo Rio-São Paulo — o Wills Bar, do qual é a mandachuva, fica em Porto Alegre.

Os desafios

A vitória lhe abriu as portas da final global do World Class, o maior torneio de coquetelaria do mundo, organizado pela Diageo, líder mundial de bebidas alcoólicas premium. Iniciada no domingo, 4, ela está sendo disputada em Madrid, na Espanha, até a próxima quinta, 8, de maneira 100% digital. Por motivos óbvios, é o mesmo formato adotado pela etapa brasileira, na qual Bianca superou 140 profissionais.

Para se tornar a melhor do mundo ela terá de vencer 49 colegas de outros países. Todos enviaram vídeos com o passo a passo dos drinques inscritos para que eles possam ser preparados, com perfeição, para os jurados — a execução cabe a um time de mixologistas renomados, reunidos em Madrid. Foram definidos cinco desafios envolvendo seis marcas icônicas da Diageo: Johnnie Walker, Tanqueray, Ketel One, Don Julio, The Singleton e Talisker.

Bianca recorreu a uma mentoria de Kennedy Nascimento, embaixador do World Class, para chegar à grande final ainda mais afiada. “Trabalhamos bastante investindo em técnicas para aprimorar ainda mais o autoconhecimento da Bianca neste vasto universo da coquetelaria”, conta ele, ressaltando que a mentoria ocorreu de maneira online. “Estamos contentes com o resultado e confiantes em nossa representante brasileira. É muito bacana chegarmos a uma final mundial com uma competidora tão jovem. Isso traz representatividade e força para esse cenário cada vez mais ocupado e muito bem representado por grandes mulheres".

O segredo da competidora

Bianca Lima: expectativa para a final, que dará ao ganhador a oportunidade de representar tanto marcas da Diageo Reserve como o próprio World Class (Felipe Gaieski/Divulgação)

O que Bianca Lima preparou para a final? “Enviei alguns ingredientes nacionais para os jurados, como açaí e pitanga, e tentei transmitir toda essa paixão que temos por atender os clientes no balcão”, resume ela. “Acredito muito na energia calorosa que o brasileiro tem, na nossa personalidade cativante e nos nossos ingredientes únicos. Agora é aguardar para ver a reação deles”.

O vencedor global será coroado como o Bartender de 2021 do World Class e poderá representar tanto marcas da Diageo Reserve como o próprio World Class, trabalhando com parceiros comerciais globais e culturais.

Da moda aos drinques

Bianca credita seu ingresso no universo da coquetelaria ao acaso. Formada em moda, empregou-se, depois da faculdade, no restaurante de comida grega Kouzina, em São Paulo. “Ali observava as pessoas trabalhando no bar e via que elas eram realmente apaixonadas pelo que faziam”, recorda. “As misturas, os movimentos, o sorriso... tudo era muito cativante”.

Conversa vai, conversa vem, acabou entrando para a equipe responsável pelos drinques do Kouzina e nunca mais largou as coqueteleiras. Antes de se mudar para Porto Alegre e assumir o comando do Wills Bar, trabalhou em endereços badalados da capital paulistana como Caulí e Mule Mule Muleria. “Ao criar, seja no universo da moda ou no da coquetelaria, me sinto viva”, confessa. “Amo surpreender as pessoas”.

Ela resume seu processo criativo atrás do balcão da seguinte maneira: “Primeiro desenvolvo um conceito e busco algo ou alguém que me inspire. Depois, reflito sobre os sentimentos que a inspiração traz”. Em seguida, dá um exemplo hipotético, no qual o conceito de liberdade faz as vezes de inspiração. “O que ela evoca? Frescor, leveza, doçura? Então preciso ir atrás de ingredientes que traduzam sensações como essas”.

Para explicar a conquista do título de “Melhor Bartender do Brasil” ela recorre a três substantivos: constância, paixão e expertise. “Um bom profissional precisa caminhar em linha reta. Ou seja: ser bom do começo ao fim, além de ter paixão para contar suas histórias e envolver as pessoas”, justifica. Depois deixa uma dica prática para quem quiser trilhar o mesmo caminho que o dela: “É preciso entender o que o campeonato espera do bartender e suprir as expectativas para que as coisas fluam de uma forma linda”.

Acompanhe por aqui as etapas da grande final do World Class.

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