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A onda de ginástica online deve perdurar após pandemia?

A transição para os exercícios online contribuiu para o que especialistas afirmam ser uma mudança permanente na forma como o setor de US$ 32 bilhões funciona

 (Foto/Getty Images)

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Matheus Doliveira

Publicado em 21 de janeiro de 2021 às 09h26.

Última atualização em 21 de janeiro de 2021 às 09h27.

Depois de um ano em que as pessoas passaram meses trancadas em casa e se exercitando pouco, as resoluções de Ano novo ganharam um pouco mais de peso em 2021.

O setor de fitness é um exemplo. Apesar de a pandemia de coronavírus ter reduzido a capacidade das academias e fechado algumas completamente, o aumento tradicional de matrículas em janeiro nos Estados Unidos igualou - e de certa forma superou - as de anos anteriores. Parte disso pode estar relacionado ao previsível boom das aulas online e à tendência de cuidar da saúde física e mental.

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“Não se trata de metas para vestir um biquíni, porque quem sabe quando vamos sair de férias novamente”, disse Josh McCarter, diretor-presidente da plataforma de reservas de fitness MindBody. “A Covid-19 levou as pessoas a pensarem sobre saúde de forma mais holística.”

A MindBody disse que deve igualar o aumento típico de 30% que costuma ver no Ano Novo, em grande parte graças aos treinos virtuais. Cerca de 50% das reservas virtuais da plataforma agora são para ioga, à medida que mais clientes procuram aulas com foco em mindfulness. “Além do bem-estar físico, a boa forma emocional, mental e espiritual se tornou uma prioridade maior.”

A transição para os exercícios online contribuiu para o que especialistas afirmam ser uma mudança permanente na forma como o setor de US$ 32 bilhões funciona. Enquanto 75% dos consumidores pesquisados disseram que retornarão no futuro às rotinas pré-pandêmicas e à academia real, muitos indicaram que manterão um componente virtual, um fenômeno com amplas implicações para o setor.

A Covid-19 acelerou a adoção de um modelo híbrido de exercícios online/presenciais que mais academias físicas provavelmente manterão quando a pandemia acabar. Proprietários de academias de ginástica que enfrentam queda do número de associados correram para se adaptar à tendência: 72% agora oferecem exercícios em grupo sob demanda e transmissão ao vivo em relação a 25% em 2019, de acordo com a firma de pesquisa de fitness ClubIntel.

No pico de fechamentos de academias em março passado, McCarter disse que as reservas de aulas em todos os lugares caíram até 85%. Nos Estados Unidos, o retorno às aulas presenciais em estúdios tem sido irregular, em parte devido às várias restrições estaduais e locais. Em Nova York e Califórnia, por exemplo, as reservas equivaliam a cerca de 50% dos números de 2019, enquanto em estados como Arizona e Geórgia caíram apenas 15%.

Estilos de vida que se tornaram repentinamente sedentários - sem deslocamento ao trabalho, sem viagens e muito trabalho em casa e aprendizado remoto - alteraram os regimes de condicionamento físico. Um estudo realizado em novembro pela ClubIntel com 2 mil membros de academias dos EUA revelou que 54% dos entrevistados haviam suspendido ou cancelado seus planos.

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