Lacoste e Bruno Msrs: peças estarão no shopping Morumbi e na Cartel 011 (Harper Smith/Divulgação)
Ivan Padilla
Publicado em 1 de março de 2021 às 09h13.
Última atualização em 1 de março de 2021 às 09h15.
Faz já bastante tempo que a Lacoste se descolou da imagem de uma marca careta com origem no tênis. Nas últimas duas décadas a grife do crocodilo entrou com força no universo fashion, com desfiles elogiados na semana de moda de Paris e collabs com marcas variadas, da recente com a National Geographic com a parceria do momento com o cantor Bruno Mars.
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Para o lançamento da sua nova marca de lifestyle, o cantor americano se juntou à Lacoste para se tornar Ricky Regal, seu alter ego de designer – na verdade, esta é a terceira persona do cantor, compositor, bailarino e produtor nascido no Havaí e batizado com o verdadeiro nome de Pete Gene Hernandez.
Pete Hernandez, ou Bruno Mars, ou no caso então Ricky Regal criou do zero uma coleção para chamar de sua com o aval da Lacoste. “Tive a sorte de ter sido convidado para fazer algumas collabs no passado, mas todas eram repletas de diretrizes”, disse Mars (vamos chamá-lo assim, por convenção).
“A Lacoste foi a primeira e única empresa que me disse ‘Bruno, você pode fazer o que você quiser’. O respeito por essa liberdade criativa vindo de uma marca tão tradicional foi uma honra.”
As peças criadas seguem a linha de unir herança esportiva com informação de moda e posicionamento premium. Planejada principalmente a partir de camisas fluidas e agasalhos, a linha traz shorts, camisas polo, camisetas, calças, slides e meias, além de um óculos em estilo aviador.
A coleção Lacoste x Ricky Regal tem inspiração vintage, dos anos 1970, e vem com uma paleta de cores fortes, como amarelo mostarda, verde petróleo, roxo berinjela, vermelho coral, além de muito tie-dye. Entre os tecidos destacam-se veludo, seda e algodão, com ótimos acabamentos.
A parceria entre Mars e a Lacoste teve início em Los Angeles, onde ele e a diretora criativa da marca Louise Trotter se conheceram. "Entrar no mundo único de Mars tem sido uma aventura. Ele tem uma visão muito clara do que quer e é preocupado com cada detalhe. Do conceito aos acessórios, se envolveu com todos os aspectos da produção.”
Louise Trotter foi a primeira mulher a assumir o comando da grife esportiva francesa, conhecida pelas icônicas camisas polo com o logo de crocodilo, isso em 2018. Ela substituiu o português Felipe Oliveira Baptista, que ocupava o cargo desde 2010.
Na América Latina, a operação da Lacoste está desde o ano passado nas mãos de Pedro Zannoni - aliás, um ex-tenista profissional que teve o patrocínio da própria Lacoste quando disputava torneios juvenis. Zannoni chegou com a missão de integrar as subsidiárias do Brasil, Argentina, Chile e Uruguai, incorporar o escritório da Colômbia, que respondia ao bloco dos Estados Unidos, e abrir uma representação no Peru.
“O Brasil é o quarto mercado em importância estratégica para a Lacoste, depois da França, dos Estados Unidos e da China”, disse o executivo, em entrevista à Casual EXAME no ano passado. O que não significa share em faturamento, um dado não revelado pela empresa, controlada por um grupo familiar suíço.
Apesar de por aqui o carro-chefe da marca ser a clássica camisa polo, é no segmento de sneakers que está a aposta maior de crescimento local, principalmente entre o público mais jovem.
A importância do mercado brasileiro para a Lacoste pode ser medida pela estratégia de lançamento da coleção agora com Bruno Mars. As peças da collab serão apresentadas globalmente no dia 5 de março de 2021 por meio de uma rede global de 18 varejistas exclusivos. O Brasil terá dois pontos de venda, a boutique do Morumbi Shopping e a multimarca Cartel 011, em São Paulo.