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A importância dos ecossistemas digitais para sobreviver ao futuro

Toda empresa será de tecnologia no futuro — se não diretamente, pelo menos terá a maior parte de seus processos pautada por ela

Observando o mercado, fica claro que os ecossistemas digitais são essenciais para a sobrevivência das empresas nesse novo mundo. (Edwin Tan/Getty Images)

Observando o mercado, fica claro que os ecossistemas digitais são essenciais para a sobrevivência das empresas nesse novo mundo. (Edwin Tan/Getty Images)

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Julia Storch

Publicado em 5 de outubro de 2022 às 15h28.

Última atualização em 5 de outubro de 2022 às 16h44.

O conceito de ecossistema aplicado ao mundo corporativo vem sendo usado há bastante tempo para indicar um cenário no qual as corporações precisam umas das outras para sobreviver, muitas vezes se unindo para entregar melhores soluções aos consumidores e se manterem competitivas. E, com a digitalização cada vez maior das empresas e dos processos, essa relação se mostrou essencial para a evolução dos negócios e da sociedade como um todo.

Já venho reforçando nessa coluna que toda empresa será de tecnologia no futuro — se não diretamente, pelo menos terá a maior parte de seus processos pautada por ela. Isso implica a criação de ferramentas que atendam às novas demandas de consumo, que se transformam constantemente, e modelos de trabalho, que têm mudado diversas vezes desde a pandemia.

Porém, nem todas as companhias conseguem ter acesso a essas soluções de forma rápida, o que prejudica o acesso dos consumidores à inovação. Isso torna ainda mais importante o conceito de ecossistema digital, que consiste na evolução dos marketplaces e outras plataformas voltadas para o público para entregar a eles mais comodidade, conforto e praticidade no momento de adquirir produtos ou serviços. E uma pesquisa da Ernst & Young mostrou que envolver-se com ele se tornou algo extremamente necessário para as organizações.

Para colocar isso em prática, as marcas vão atrás de parceiros que tenham fit com os seus negócios e possam agregar mais para os consumidores. Com as parcerias e fusões entre as empresas, é possível também expandir as relações para mercados diferentes, diversificar a oferta de produtos e serviços, estar por dentro das novidades tecnológicas do momento, reduzir custos operacionais e trazer mais sustentabilidade para todo o processo.

No exterior, essa tendência já é mais consolidada e vemos com frequência o ecossistema cada vez mais unido e fortalecido, como é o caso da empresa chinesa Alibaba, que possui diversos marketplaces e ainda viabiliza a integração de serviços como pagamentos online, sistema de busca integrado, pontuação de crédito; da Apple, que disponibilizou ao mercado um AppleCard em parceria com a Goldman Sachs, e a BMW/Daimler, que se uniu a startups como Car2Go, moovel e Mytaxi e criou um ecossistema de mobilidade compartilhado — e os resultados têm sido muito positivos.

Já no Brasil, estamos no início dessa jornada, mas já demos importantes passos em direção à consolidação desse cenário, por exemplo, com a compra da Netshoes e KaBum! pelo Magazine Luiza, que trouxe uma variedade muito maior de preços e opções para os clientes, e a Via Varejo, que adquiriu o banco digital BanQi e passou a disponibilizar serviços financeiros com ele.

Observando o mercado, fica claro que os ecossistemas digitais são essenciais para a sobrevivência das empresas nesse novo mundo. Por isso, veremos cada vez mais as marcas se conectando com parceiras estratégicas, agregando valor e aprendendo com quem já trouxe essas transformações para dentro de casa, o que certamente será muito positivo para o desenvolvimento de toda a comunidade.

*Gustavo Caetano é fundador da Sambatech e Samba Digital

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