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A Grand Seiko, marca japonesa de relógios de luxo, chega ao Brasil

Concorrente da Rolex e da Omega, linha premium da Seiko segue plano de expansão global e começa a ser vendida na Pedrart de Brasília

Grand Seiko: linha da Seiko virou marca própria em 2010 (Grand Seiko/Divulgação)

Grand Seiko: linha da Seiko virou marca própria em 2010 (Grand Seiko/Divulgação)

Ivan Padilla
Ivan Padilla

Editor de Casual e Especiais

Publicado em 19 de setembro de 2024 às 12h07.

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São poucas as marcas de relojoaria de prestígio fora da Suíça – e ainda assim, a maioria é europeia. A japonesa Grand Seiko talvez seja a principal exceção. Criada em 1960 como uma linha da Seiko,  virou marca própria, mais voltada para o mercado de luxo, em 2017.

A partir deste mês, a Grand Seiko passa a ser comercializada no Brasil. Todas as coleções da marca estarão disponíveis por aqui. A faixa média de preço é de R$ 47.000, o que a posiciona no patamar da Omega e na linha de entrada da Rolex. Segundo executivos da Grand Seiko, essas duas manufaturas suíças são suas principais concorrentes.

Por enquanto os modelos da Grand Seiko podem ser encontrados na Pedrart, em Brasília. Fumio Tanaka, presidente da Seiko Panamá, esteve na semana passada na inauguração dessa parceria. Ele aproveitou a passagem pelo Brasil para encontrar a imprensa especializada e contar mais sobre a marca.

Brasil é mercado estratégico

Tanaka comentou sobre o plano de crescimento para a região. “O Brasil tem a maior população e economia da América Latina. É natural que a marca busque a oportunidade com a maior prioridade e finalmente encontramos o parceiro certo. Atualmente temos a Grand Seiko no México, Panamá e Brasil na região. Nossa ideia é nos concentrarmos nesses mercados para estabelecer uma boa reputação”, diz.

Nas cinco primeiras décadas de vida, até 2010, a Grand Seiko só foi comercializada no Japão. Naquele momento a Seiko resolveu lançar a linha globalmente. Aos poucos a marca foi sendo reconhecida no leste asiático, na Europa Ocidental e nos Estados Unidos. No mercado americano, em 2020, a marca alcançou o quarto lugar na participação de mercado com o preço de varejo entre 5.000 e 10.000 dólares, atrás de Rolex, Omega e Breitling.

“Entendo que o Brasil é um país multirracial que respeita diferentes culturas e valores”, diz Tanaka. “Portanto, acredito que os fãs brasileiros de relógios são mais abertos para apreciar o valor de um relógio de luxo de fora da Europa. A marca ainda é conhecida apenas por quem realmente a conhece, exceto no Japão e nos Estados Unidos. Queremos elevar a marca ao próximo nível, tornando-a uma verdadeira marca de luxo em nível global.”

Outros pontos de venda no Brasil

Fumio Tanaka começou a carreira na Seiko em 1989, depois de se formar na universidade. Em 2010, passou a ser responsável pelo lançamento global da Grand Seiko. Desde janeiro de 2020 está no cargo de presidente da Grand Seiko do Panamá. Segundo o executivo, uma das características da marca é ser exclusivamente japonesa, o que se reflete no design estético próprio da cultura e na filosofia de engenharia e produção, com tradição de qualidade e espírito de artesanato.

Outro ponto de destaque da marca, segundo Tanaka, é a verticalização. Ele aponta que muitas marcas de relógios europeias de luxo e premium terceirizam a produção de componentes, em muitos casos até os movimentos dos relógios. De acordo com ele, todos os movimentos da Grand Seiko são projetados e montados internamente.

Segundo Tanaka, isso torna possível para a Grand Seiko ter três movimentos com diferentes mecanismos: mecânico, quartzo e Spring Drive. “O verdadeiro valor de um relógio Grand Seiko dificilmente é sentido sem ver e tocar o produto”, diz.

A Pedrart é o primeiro ponto de venda oficial da Grand Seiko. Mas não deve ser a única. “Apenas abrimos a primeira porta. A crescente demanda nos incentivará a abrir mais lojas perto dos nossos clientes”, diz Tanaka.

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