Casual

A Fórmula 1 será um passeio da Mercedes em 2019?

Resultado expressivo de Valtteri Bottas, com dobradinha de Lewis Hamilton, acendeu o alerta amarelo para rivais como Red Bull e especialmente Ferrari

Lewis Hamilton: piloto dedicou o triunfo a Niki Lauda, que recebeu outras homenagens antes da corrida (Mark Thompson/Getty Images)

Lewis Hamilton: piloto dedicou o triunfo a Niki Lauda, que recebeu outras homenagens antes da corrida (Mark Thompson/Getty Images)

Anderson Figo

Anderson Figo

Publicado em 20 de março de 2019 às 17h09.

A Fórmula 1 começou 2019 repleta de expectativa por uma temporada mais emocionante que nos anos anteriores, sobretudo após o bom desempenho da Ferrari na pré-temporada em Barcelona nos testes de inverno no último mês. Mas o GP da Austrália, disputado em Melbourne no ultimo final de semana, foi um balde de água fria para quem esperava uma briga com duas ou até três equipes pela vitória.

Valtteri Bottas simplesmente ignorou a concorrência e venceu com sobras – de quebra, ainda fez a melhor volta e se tornou assim o primeiro piloto na história a acumular 26 pontos, já que em 2019 a melhor passagem durante a corrida também dá pontuação extra. Completando a dobradinha da Mercedes, Lewis Hamilton mostrou que o ano de 2019 pode ser mais uma temporada repleta de domínio dos carros prateados – desde 2014, quando uma grande inovação de regras trouxe os novos motores turbo e híbridos para a F1, nenhum piloto é campeão sem pilotar uma Mercedes.

Mas há sinais de esperança. Visivelmente abalados pelo resultado, Sebastian Vettel e Charles Leclerc conversaram com jornalistas em Melbourne após a corrida e demonstram que a reação pode vir já para Bahrein, onde a F1 corre daqui duas semanas em seu GP de número 999 na história.

“Ainda não sabemos exatamente o que aconteceu, o nosso rendimento ficou abaixo do esperado, bem diferente do que vimos em Barcelona, onde de fato tinhamos um carro rápido e constante”, disse o tetracampeão mundial.

Leclerc foi na mesma direção. “Sabemos que a pista de Albert Park tradicionalmente apresenta condições especiais, por ser uma pista urbana e bem ondulada. Vamos ver o comportamento do carro em um autódromo, como foi em Barcelona, e esperamos melhorar já no Bahrein”, diz o monegasco.

Lewis Hamilton no GP da Austrália, treino desta sexta-feira (15/03/2019)

Lewis Hamilton no GP da Austrália, treino de sexta-feira (15/03/2019) (Charles Coates/Getty Images)

A Red Bull, no entanto, fez a parte que lhe cabia em um campeonato mais emocionante. Max Verstappen foi o terceiro e chegou a pressionar Hamilton pelo segundo. De quebra, conquistou o primeiro pódio de um piloto com motor Honda desde 2008, quando Rubens Barrichello foi o terceiro colocado em Silverstone debaixo de muita chuva com o carro da equipe própria japonesa – no ano seguinte, o time se tornaria Brawn GP e Jenson Button seria campeão.

“Tivemos um bom desempenho na Austrália e fiquei contente com o rendimento do motor”, diz o holandês, o mais jovem vencedor da história da F1.

Outro ponto positivo foi que oito das dez equipes conseguiram marcar pontos, ficando entre os dez primeiros, mostrando que a briga pela quarta força vai incluir pelo menos cinco equipes: Haas (a “melhor do resto” em Melbourne), Alfa Romeo, Renault, Toro Rosso e McLaren. Atrás de todo mundo, só mesmo a Williams, que viu seus pilotos levarem até três voltas neste domingo.

Se o GP da Austrália mostrou uma Mercedes mais forte que todos esperavam, os fãs da F1 esperam que no Bahrein ao menos a Ferrari corresponda à expectativa que se criou em torno do time italiano durante a pré-temporada. Até porque, se a reação não vier logo, Bottas e Hamilton já mostraram que estão bem confortáveis para decidir o título em um duelo interno.

Acompanhe tudo sobre:AutomobilismoCarrosCorridaEsportesPilotos de corrida

Mais de Casual

8 restaurantes brasileiros estão na lista estendida dos melhores da América Latina; veja ranking

Novos cardápios, cartas de drinques e restaurantes para aproveitar o feriado em São Paulo

A Burberry tem um plano para reverter queda de vendas de 20%. Entenda

Bernard Arnault transfere o filho Alexandre para a divisão de vinhos e destilados do grupo LVMH