Neymar comemora gol na vítoria sobre o Japão na Copa das Confederações: o apoio da torcida pode ser decisivo para empurrar a seleção rumo ao hexacampeonato (REUTERS/Ueslei Marcelino)
Da Redação
Publicado em 6 de dezembro de 2013 às 12h35.
Rio de Janeiro - Com uma seleção liderada por Neymar, o Brasil terá a chance, no ano que vem, de enterrar de vez a dura derrota na final da Copa de 1950 e no mesmo palco, caso chegue à decisão.
O apoio da torcida, como aconteceu na última Copa das Confederações, pode ser decisivo para empurrar a seleção rumo ao hexacampeonato e garantir o primeiro caneco em casa.
O técnico Luiz Felipe Scolari, que está há um ano no cargo, usou esse torneio para dar uma personalidade competitiva e uma fome de vitória que faltavam a um elenco jovem e que começa a despontar no futebol internacional. Sim, a seleção já não depende exclusivamente do brilho de Neymar, graças à ascensão de nomes como Paulinho e Oscar.
Este novo Brasil após os fracassos nas Copas de 2006 e 2010 se baseia em uma defesa sólida, um meio de campo dinâmico, capaz de não deixar o adversário respirar, e na velocidade letal de seus homens de frente.
Neymar, que completará 22 anos em fevereiro, ainda é o grande nome do Brasil, embora tenha fortes coadjuvantes. Sua regularidade no Barcelona leva a crer que em 2014, mais maduro, pode enfim lutar com reais chances de vencer a Bola de Ouro da Fifa de melhor jogador do mundo.
A busca por um time regular, que Mano Menezes, antecessor de Felipão, não havia conseguido, enfim parece ter terminado. O torcedor comum consegue imaginar a seleção que entrará em campo na Arena Corinthians para a partida de abertura da Copa.
Embora não esteja jogando no Queen"s Park Rangers, Julio César tem presença garantida entre os titulares, exceto por alguma lesão. Nas laterais, Daniel Alves e Marcelo também são nomes certos. Na zaga, Thiago Silva e David Luiz têm a concorrência de Dante, mas devem ser os escolhidos.
No meio de campo, Luiz Gustavo, Paulinho e Ramires devem formar o setor junto com Oscar. E no ataque, Neymar, Hulk e Fred são as prováveis escolhas.
A posição mais incerta é a de centroavante. O titular, Fred, não joga desde agosto por causa de uma lesão, e o reserva imediato, Jô, mesmo fazendo gols, não inspira tanta confiança nos torcedores, "mal acostumados" por terem visto na posição craques do calibre de Careca, Romário e Ronaldo.
Além disso, Diego Costa, do Atlético de Madrid, que está em grande fase e seria uma das opções, optou por defender a seleção espanhola.
Incertezas como essa à parte, o que não há dúvidas é quanto ao desejo dos brasileiros de vingar a derrota de 1950 no Maracanã. A seleção só vai conseguir jogar no estádio caso chegue à final, e vive grande pressão para conseguí-lo. Uma pressão parecida com a que pesou há 63 anos sobre os jogadores que enfrentaram o Uruguai, mas que pode ser enfim exorcizada.