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A aventura dos torcedores na Rússia: longas viagens e barreira linguística

Torcedores de diversos países, que acompanham os jogos de suas seleções na Copa do Mundo, enfrentam alguns problemas durante a viagem na Rússia

Além da dificuldade em se comunicar, outro problema são as longas viagens entre as diferentes cidades-sede (Max Rossi/Reuters)

Além da dificuldade em se comunicar, outro problema são as longas viagens entre as diferentes cidades-sede (Max Rossi/Reuters)

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AFP

Publicado em 22 de junho de 2018 às 15h54.

A Copa do Mundo também é uma grande aventura para os milhares de torcedores que viajaram para a Rússia para apoiar suas seleções, uma experiência marcada por longas viagens e pela barreira linguística, o que dificulta a comunicação.

Em Saransk, uma pequena cidade de 300.000 habitantes localizada 600 km a leste de Moscou, conviveram durante alguns dias três das torcidas que mais levaram gente para a Rússia: Peru, Colômbia e Japão.

Torcedores com as camisas de suas seleções, carregando pesadas mochilas ou malas, perambulando pela cidade durante todo o dia. Alguns deles nem sequer tinham reservas de hotel e tiveram que dormir na estação de trem ou nos bancos dos parques da cidade.

Sacrifícios, a fim de ver um jogo de sua seleção in situ, mas que melhoram graças à organização do evento.

"Tudo está perfeito. A organização, com muitos voluntários, muita ordem e a polícia ajuda", destaca Juan Esteban, um colombiano que viu a derrota de sua equipe contra o Japão (2-1) e que esperava um trem para Kazan, onde a Colômbia jogará sua segunda partida do torneio contra a Polônia.

Um único pesar para este torcedor: "Acho que os russos deveriam ter aprendido um pouco mais de inglês por causa do problema de comunicação".

É verdade que nesta pequena cidade, capital da República da Mordóvia, longe dos centros turísticos da Rússia, poucas pessoas falam inglês, mesmo em hotéis e restaurantes. Alguns deles contrataram pessoal cuja única missão é traduzir os pedidos dos clientes para os garçons.

Dormir no trem

"Aqui os colombianos não sabem russo e essa é uma porta que fecha muitas entradas para conhecer essa cultura e essas pessoas", concorda outro colombiano, Mauricio Castro Valderrama, que estuda há um ano e meio na Rússia.

Além da linguagem, outro dos inconvenientes da Rússia são as longas viagens entre as diferentes cidades-sede, embora, para facilitar as viagens, a organização tenha colocado a disposição trens especiais e gratuitos para os torcedores.

"A viagem na Rússia é muito confortável. Os trens têm leitos e se você tiver uma longa jornada, você descansa, dorme e chega descansado na cidade", explica André Daza.

Muitos torcedores tiveram que passar várias noites dormindo no chão da estação de trem esperando para encontrar uma viagem para outra cidade ou por falta de acomodação, seja por razões financeiras ou por não encontrar camas de livres.

"Muitas vezes tivemos que nos aventurar e tivemos, por exemplo, que dormir nesta estação para conseguir uma passagem. E até agora, doze horas depois, ainda não consegui partir para Kazan, que é a nossa próxima cidade", a sete horas de Saransk, assegurou à AFP Ernesto Soto, torcedor colombiano.

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