O colombiano Gabriel Garcia Márquez escreveu Cem Anos de Solidão, que não pode faltar na sua lista de leitura (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 24 de abril de 2012 às 11h30.
São Paulo - Para que serve um livro? Embora essa pergunta seja, aparentemente, descabida, nos últimos tempos até há motivos para que seja feita. Afinal, o objeto livro nunca esteve tão questionado quanto agora, no mesmo passo em que a ameaça do e-book se consolida cada vez mais. Não bastasse uma tendência lenta e crescente de falta de interesse pelo objeto e seus possíveis conhecimentos.
A Unesco, a partir de 1996, instituiu 23 de abril como o Dia Mundial do Livro. Uma homenagem a Miguel de Cervantes, o escritor espanhol que eternizou sua obra no personagem de Dom Quixote. Livros como esse, e muitos outros, permanecem e sobrevivem aos tempos, ainda que sejam seus personagens e não propriamente seu texto original.
Assim, aproveitando a comemoração universal, proponho que no dia do livro, todos comecem a ler um título. E dou minha sugestão — alguns clássicos, outros nem tanto, mas que se sobressaem pela qualidade e, até, atualidade do tema que abordam. Mas, principalmente, são livros escolhidos pela linguagem acessível, pelas história interessantes e pela capacidade de emocionar o leitor, ainda que seja um iniciante.
Cem Anos de Solidão
O colombiano Gabriel Garcia Márquez ambienta a saga de uma família numa cidade fictícia do interior da Colômbia, retratando o melhor do realismo fantástico, numa mistura singular de drama, comédia e loucura.
Metamorfose
Kafka foi um dos maiores escritores da Europa e sua história, do personagem que um dia acorda transformado numa barata gigante, marcou a literatura mundial.
Crime e Castigo
Os russos foram os grandes “inventores” do romance, o estilo literário. Dostoiévki é um deles: uma prosa intensa, coloquial, com grandes personagens.
Madame Bovari
A emancipação feminina não seria a mesma se não fosse a obra de Fleubert. A história de uma mulher, devassa e infiel, na plenitude de sua essência.
O Sol também se levanta
A obra de Hemingway é poderosa e consistente. Mas esse, um de seus primeiros romances, tem o fascínio dos tempos em que Paris era uma festa, no começo do século XX.
A Leste do Eden
John Steibeck foi autor de uma obra imensa, com título politizados, românticos e até mágicos. Essa saga de uma família no oeste americano é um dos principais romances americanos.
A Guerra do Fim do Mundo
Uma das características de Mario Vargas Llossa é ser capaz de construir uma obra homogênea, marcada pela boa qualidade. Nesse livro, ele dá a sua versão, recheada de histórias e personagens, sobre a Guerra dos Canudos, ocorrida no nordeste brasileiro.
Dona Flor e Seus Dois Maridos
A obra de Jorge Amado apresenta três núcleos básicos: o ambiente das fazendas de cacau, em Ilhéus; o discurso político e as grandes personagens femininos. Dentre eles, o mais famoso é Gabriela, mas Dona Flor é o mais divertido e inventivo.
Não Diga Noite
Amoz Oz é um escritor israelense contemporâneo. Seu grande mérito é ser capaz de erigir personagens absolutamente reais, falíveis e intensos, em ambientes tão áridos como o deserto e os fronts de batalhas, sempre de maneira poética e inspirada.