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8 doenças muito estranhas do seriado House

Relembre algumas enfermidades desvendadas pelo rabugento médico da série de TV e sua equipe que se despedem da televisão americana nesta segunda

Último episódio da série House está marcado para ser exibido no Brasil no dia 21 de junho, pelo Universal Channel (Divulgação)

Último episódio da série House está marcado para ser exibido no Brasil no dia 21 de junho, pelo Universal Channel (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2012 às 13h14.

São Paulo – Depois de mais de sete anos no ar, a série de TV House terá seu último episódio veiculado nesta segunda-feira, nos Estados Unidos. No Brasil, o final da história de Gregory House (Hugh Laurie), o médico rabugento, pouco ético e altamente perspicaz, será exibido em 21 de junho.

O anúncio do fim do seriado aconteceu em fevereiro deste ano, após forte queda da audiência em 2011, devido ao esgotamento da fórmula, em que, a cada dia, o médico recebia um novo paciente com uma doença misteriosa, no Princeton-Plainsboro Teaching Hospital. Para atiçar a curiosidade dos fãs, o canal Universal divulgou, no dia 15 deste mês, um vídeo com os melhores momentos do drama.

Enquanto o último capítulo não chega, relembre algumas das enfermidades muito estranhas e raras que apareceram em cada uma das oito temporadas.

Sexsomnia

No episódio “O Exemplo”, na primeira temporada da série, o doutor House consegue desvendar o mistério de uma paciente que sofreu um aborto espontâneo, mas jurava não ter tido relações sexuais com ninguém desde que terminou seu último namoro. Além disso, ela ainda apresentou marcas no corpo, como chupões e joelhos esfolados por carpete.

Diante das evidências, ele percebeu que ela sofria de um distúrbio do sono descoberto em 2003, chamado “sexsomnia”. Na prática, quem sofre dessa doença age como sonâmbulo e, durante o sono, pode atacar outras pessoas sexualmente. Como, na história, a paciente morava no mesmo prédio do ex-namorado, ela ia até seu apartamento e tinha relações sexuais com ele, enquanto dormia.

Síndrome de Munchausen

Essa doença apareceu no episódio "A Decepção", na segunda temporada, quando uma paciente anêmica sofre uma convulsão e é apresentada a House. Inicialmente, ela tem o diagnóstico de sofrer da Síndrome de Cushing, ocasionada pelo excesso do hormônio cortisol no sangue. Mas logo o médico percebe que ela própria induzia esses sintomas, revelando outro problema: a Síndrome de Munchausen.

Essa doença é um distúrbio psiquiátrico, em que a pessoa induz a moléstia ou finge estar enfermo para receber cuidados. Mas, ao se fazer de doente, a personagem acabou mascarando os sintomas de uma infecção pela bactéria Clostridium perfringens.


Quimerismo

Um menino de sete anos de idade, fruto de uma fecundação in vitro, chega ao hospital com sangramento no reto e alegando ter sido abduzido por alienígenas. Esse quadro, apresentado no episódio “Abdução”, na terceira temporada, confundiu a cabeça dos médicos da equipe de House.

Só depois de exames apontarem a presença de dois tipos de DNA nas células do paciente e de um pequeno objeto metálico alojado em sua nuca (um pino cirúrgico não removido muito tempo antes) que o doutor rabugento concluiu que o garoto tinha quimerismo. Esse problema surge quando, nos primeiros quatro dias de gestação, dois óvulos são fecundados e fundidos, provocando uma mistura de informações genéticas sem apresentar mutações impactantes.

Síndrome de Von Hippel-Lindau

Depois de passar por um momento de “sinestesia” durante uma simulação de voo, quando confundiu os sentidos ao “enxergar” os sons, uma piloto de caça da Força Aérea Americana procurou House. Como ela era candidata a um programa da NASA, ela pediu segredo ao médico sobre sua condição.

Mas, quando o diagnóstico final foi dado, ele não pode mais manter sigilo. A personagem sofria da síndrome de Von Hippel-Lindau, uma doença genética rara que faz com que tumores cresçam em partes do organismo mais irrigadas por sangue, como rins e pulmões (caso mostrado na série). O caso foi mostrado no episódio “A coisa certa”, da terceira temporada.

Síndrome de Doege-Potter

No episódio “O Contrato Social”, na quinta temporada de House, a chamada síndrome de Doege-Potter provocou constrangimento para um editor de livros que, pouco antes de ser internado, começou a dizer tudo o que vinha à sua cabeça, sem segurar comentários agressivos ou impróprios.

Essa síndrome rara é associada à liberação de substâncias por fibromas (tumores do tecido conjuntivo fibroso) na cavidade pelural, que levam à hipoglicemia e a reações autoimunes do corpo, em que os anticorpos lutam com o próprio organismo. Devido à enfermidade, o lobo frontal do paciente foi afetado, causando a desinibição na hora de falar certas verdades.


Doença de Fabry

O paciente tratado no episódio "O Grande Fiasco", na sexta temporada, chegou ao hospital Princeton-Plainsboro Teaching sentindo que suas mãos pegavam fogo. Passando por vários sintomas, como dor no peito, problemas para respirar e até uma ereção de três horas de duração, confundiram os médicos da equipe de House.

Foi com a ajuda da internet, onde o paciente postava seus sintomas, que o diagnóstico foi dado: doença de Fabry. Essa moléstia tem origem genética, é rara e sua identificação é muito difícil, por isso, o tempo entre o aparecimento dos sintomas e a descoberta é longo (podendo chegar a até 12 anos).

Entre os sintomas estão dores nas articulações, problemas gastrointestinais, sinais dermatológicos, como manchas avermelhadas, redução do suor e baixa tolerância ao calor e exercícios físicos. Tudo isso pode evoluir para insuficiência renal, acidente vascular cerebral, ataques isquêmicos ou disfunções cardíacas.

Síndrome de Ehlers-Danlos e acumulação compulsiva

O episódio "Do Fundo do Baú" mostra a vida de um casal que sofre com três doenças. O marido é o primeiro a chegar ao hospital, sofrendo de uma infecção bacteriana rara chamada Febre Q, transmitida por mamíferos. Essa, no entanto, era só o começo.

Após arrombarem a casa do paciente por duas vezes, os médicos da equipe de House descobriram que a esposa dele sofria de um distúrbio psicológico de acumulação compulsiva, em que guardava em casa todo tipo de lixo, para “colecionar”, inclusive um gato morto encontrado na geladeira. Esse problema foi causado por outra doença genética rara sofrida pela mulher: a síndrome de Ehlers-Danlos.

Por causa do distúrbio, caracterizado por frouxidão nos ligamentos e hipermobilidade óssea, ela sofreu três abortos, causando a ela os danos psicológicos e todo o resto da situação.

Transtorno dissociativo de identidade

Como se não bastasse sofrer de coriocarcinoma, um tipo de câncer, a adolescente de 14 anos tratada no episódio “Morto e Enterrado”, da oitava temporada, sofria de “transtorno dissociativo de identidade”. Essa doença psicológica é chamada muitas vezes de dupla personalidade, mas a personagem tinha pelo menos três.

Uma delas era de uma menina de dois anos que não conseguia sentir seus braços, tinha dor quando comia morangos e se sentia culpada por ter distraído seu pai momentos antes do acidente que o matou. Foi exatamente esse fato da vida dela que desencadeou a aparição de múltiplas personalidades.

Na vida real, essa doença existe, mas causa polêmica entre os psiquiatras, já que o diagnóstico não costuma se basear em experiências científicas e provas concretas.

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