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7 perguntas e respostas sobre o câncer na infância

Todos os anos, cerca de 13.000 crianças e adolescentes desenvolvem a doença no país. A leucemia é o tipo mais comum

 (Frantab/Thinkstock)

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Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 1 de setembro de 2017 às 11h36.

São Paulo – Embora raro, – estima-se que menos de 3% dos cânceres na infância sejam malignos – todos os anos quase 13.000 crianças e adolescentes desenvolvam algum tipo de câncer no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA).

O número preocupa e para desmitificar algumas informações referentes a esse problema, EXAME.com conversou com a médica Karine Corrêa Fonseca, oncopediatra da Hematológica.  Confira a seguir um panorama feito pela especialista sobre o câncer infantil:

1 - Quais os tipos de cânceres mais comuns em crianças e adolescentes?

Nas crianças de 0 a 14 anos, a leucemia linfoide aguda (LLA ) é o tipo mais comum de tumor e corresponde a 25% de todos os casos. O tumor de sistema nervoso central (SNC) é o segundo e o linfoma o terceiro em frequência, explica a médica.

Já nos adolescentes de 15 a 19 anos, a incidência dos tumores é diferente. O linfoma de Hodgkin e os tumores de células germinativas são os mais encontrados. Nesta faixa etária, se destacam também os tumores primários do osso: osteossarcoma e sarcoma de Ewing.

2 - Qual a faixa etária mais suscetível à doença?

A maior frequência dos tumores malignos ocorre nos primeiros cinco anos de vida.

3 - O câncer na infância tem a ver com fator genético?

Não é possível determinar a porcentagem, mas algumas neoplasias (tumores malignos) estão associadas sim a mutações genéticas, translocações, deleções e amplificação de oncogênes e, dependendo da alteração associada, a resposta ao tratamento pode ser melhor associada a uma maior chance de cura ou significar um prognóstico mais reservado.

4 - É possível prevenir o câncer na infância?

Para crianças e adolescentes em que o risco já existe, como os pacientes com síndromes genéticas, há indicação de acompanhamento com oncohematologista pediátrico e realização de exames de rotina. Para crianças saudáveis, um bom acompanhamento pediátrico de rotina é a prioridade.

5 - Quais os principais sintomas do câncer na infância?

Embora na criança o câncer apresente manifestações inespecíficas e comuns a várias doenças, alguns sinais e sintomas persistentes alertam para o seu diagnóstico, como: febre de origem indeterminada, fraqueza muscular, dor óssea ou articular recorrente, irritabilidade, dor de cabeça persistente, manchas roxas pelo corpo, distensão abdominal com massa palpável e crescimento de linfadenomegalias não associadas a processo infeccioso.

6 - O tratamento do câncer em crianças é diferente do em adultos?

O tratamento programado dependerá de cada caso, os principais tratamentos são: cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Como comparamos com os protocolos de tratamento do adulto, em geral, os pediátricos são mais agressivos e com chances de cura que podem superar até 80% dos casos.

7 - Como amenizar o impacto do câncer na infância?

Crianças e adolescentes em tratamento têm sua rotina de vida alterada de forma abrupta. Com internações, sessões de quimioterapia, exames frequentes e algumas dificuldades motoras e acabam ficando mais sedentárias. O estímulo à realização de exercícios físicos, desde que leves e pensados especificamente para cada caso, é uma forma de melhorar o bem-estar nessa fase.

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