Considere o seguinte: qualquer sinal de palpitação ou desconforto no peito vai te mandar correndo pro consultório do cardiologista. Você não liga para o médico quando tem um resfriado, mas também não deixa de tomar remédios. O mesmo vale para dor nas costas – você espera um ou dois dias e, se ela não passar, procura ajuda. Mas, quando as pessoas sofrem com oscilações constante das emoções, raiva e longos períodos de tristeza, quantas delas você acha que procuram um
psicólogo ou psiquiatra? Pouquíssimas. Só uma pequena parte da população procura a ajuda de profissionais para lidar com questões de
saúde mental. A maioria das pessoas simplesmente espera o problema passar. “Achamos que os altos e baixos são parte da vida e que temos de lidar com eles por conta própria”, diz Jawahar Shah, co-fundador da Welcome Cure, uma clínica virtual que tem mais de cem médicos e oferece ajuda online. “Às vezes as coisas não são tão simples”. E elas podem ser fatais: transtornos mentais são
doenças sérias, causadas por um desequilíbrio nos neurotransmissores (tais como dopamina e serotonina), que funcionam como reguladores de humor e controlam o sono, o estresse e assim por diante. Segundo um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) , uma pessoa entre quatro será afetada por problemas mentais ou neurológicos em algum momento de suas vidas. Em 2010, um estudo conduzido no NIMHANS (sigla em inglês para Instituto Nacional de Saúde Mental e Neurociências) indicou que o fardo dos transtornos mentais e comportamentais atingia de 9,5 a 102 pessoas para cada mil. “Como qualquer outra doença, qualquer tipo de transtorno mental é tratável. Quanto mais cedo diagnosticado, mais fácil curá-lo”, diz Jay Shastri, tesoureiro honorário da Associação Indiana de Psiquiatria Biológica. Veja a seguir seis sinais que merecem atenção e pelo menos um check-up com seu médico, para descartar a possibilidade de doença.