“Nunca, jamais use óculos escuros dentro da boate. Tente ser discreto", diz Guerra (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 28 de fevereiro de 2012 às 10h48.
Sao Paulo - Facundo Guerra, 38 anos abriu seu primeiro clube em São Paulo com o dinheiro do FGTS. Dez anos depois, ele é dono ou sócio de seis casas (duas delas, Joia e Yacht, inauguradas nos últimos meses), frequentadas por 30 mil pessoas ao mês. Falador (alguns creditam esse traço à sua ascendência argentina), Facundo dividiu com Alfa as melhores lições que tirou desses dez anos de jornadas noturnas. E sinceridade é mesmo sua marca mais patente, como se pode constatar em declarações como esta: “Nunca me divirto na noite. A noite é um lugar muito triste. São pessoas que não têm ninguém em casa. Elas vêm para escapar das vidas cinzentas, ou então, vêm por sexo. O que move a noite é sexo, álcool e, em terceiro lugar, para alguns, a música”.
Mulheres
“Se a mulher está dentro da boate e é interessante, ela já foi abordada mais de 20 vezes. Por isso, só tente uma abordagem verbal se seus olhares forem correspondidos. Oferecer um drinque sempre é uma boa. Antes de mais nada, tente fazê-la rir. Mas acho que finalizar a conquista na boate nunca é uma boa ideia.”
No bar
“Barmen e garçons não são seus empregados. Saiba reconhecer o bom serviço. Se você vai pedir uma bebida, ‘conheça o seu veneno’, como se diz. Desenvolvi a teoria de que o drinque fala mais sobre a pessoa do que qualquer outra coisa. Uma mulher que pede Jack Daniels é um atalho para eu me apaixonar.”
Educação
“Quando você começa a beber, é natural se sentir poderoso, melhor que os outros. Queima alguém com o cigarro e não pede desculpa. Sai empurrando, fica valentão. Acha que tem o direito de tocar em uma mulher. Então, seja educado. Ou vá embora mais cedo. Eu sempre vou embora da boate no máximo às 3 da manhã.”
Vestir
“Nunca, jamais use óculos escuros dentro da boate. Tente ser discreto. Porque roupa de grife todo gerente de boca de fumo tem.”
Ostentação
“Uma das piores coisas é o cara se fazer de íntimo do dono. A tal frase: ‘Você sabe com quem está falando?’ Eu já tenho até a resposta: ‘Estou falando com o perfeito paspalho, porque só um paspalho fala esse tipo de coisa’. Tenho preconceito de classe contra gente endinheirada.”