Casual

10 momentos que marcaram a moda em 2022

Com o retorno dos desfiles presenciais, marcas lançaram produtos memoráveis, como o polêmico tênis destruído da Balenciaga e o vestido feito com spray da Coperni

Tênis Paris, da Balenciaga: sucesso nas redes. (Balenciaga/Reprodução)

Tênis Paris, da Balenciaga: sucesso nas redes. (Balenciaga/Reprodução)

JS

Julia Storch

Publicado em 26 de dezembro de 2022 às 15h18.

Última atualização em 26 de dezembro de 2022 às 15h40.

Em 2022, a moda pôde, enfim, recuperar o fôlego após dois anos de interrupções devido à pandemia. Com o retorno dos desfiles presenciais, marcas lançaram produtos memoráveis, como o polêmico tênis destruído da Balenciaga e o vestido feito com spray da Coperni. Nas maisons também houve trocas nas cadeiras, com a saída de Alessandro Michele da Gucci e de Miuccia Prada da Prada, assim como as mortes dos estilistas Thierry Mugler e Issey Miyake.

Balenciaga: do tênis destruído à polêmica infantil

No ano passado, na contramão à tendência do conforto, a Balenciaga lançou um sapato Crocs com salto fino. O que foi um furor nas redes sociais, já foi substituído por um novo calçado. Desta vez, a marca espanhola lançou um tênis que aparenta estar destruído.

Batizada de Paris, há duas opções de modelos de tênis, cano alto (10 mil reais) e mule (2,6 mil reais). Os sapatos são cortados na parte superior e tem a lona, a língua e os cadarços desgastados e desbotados, com três cores, vermelho, branco e preto.

Já em novembro, a casa de moda francesa, propriedade do grupo de luxo Kering, desculpou-se em sua conta no Instagram e retirou do ar várias fotos da campanha de primavera/verão 2023. Duas delas mostravam crianças pequenas segurando mochilas em forma de ursinhos de pelúcia, que usavam tiras de couro preto com tachas prateadas.

Alguns internautas destacaram que, em outra imagem da campanha, uma bolsa da colaboração Balenciaga-Adidas foi fotografada em cima de documentos impressos com trechos de uma decisão da Suprema Corte americana sobre pornografia infantil.

Bella Hadid e o vestido da Coperni

A supermodelo Bella Hadid surpreendeu o público da Paris Fashion Week ao ter um vestido pintado em seu corpo ao vivo no palco. A grife francesa Coperni utilizou a magia do tecido pulverizável, chamado Fabrican, e o vídeo do processo viralizou nas redes sociais.

Por cerca de três minutos, Hadid fica seminua na passarela enquanto dois homens pulverizam o que aparenta ser uma tinta branca pelo seu corpo. No final do vídeo, a modelo consegue abaixar as mangas do vestido -- que segundos antes era líquido -- e sair andando pela passarela.

yt thumbnail

Kim Kardashian no MET Gala

Para o Met Gala deste ano, a socialite Kim Kardashian escolheu o vestido que Marilyn Monroe usou durante sua performance "Feliz Aniversário, Sr. Presidente", para John F. Kennedy.

A peça de 60 anos é avaliada em 10 milhões de dólares e estava guardada há décadas no museu Ripley’s Believe It or Not!, que fica em Nova York, até ser emprestada à Kim em maio desse ano.

Com o modelo original, Kim realizou uma sessão de fotos antes do Met Gala, e depois atravessou o famoso tapete vermelho. Dentro do evento, no entanto, a artista utilizou uma réplica do vestido.

Maximilian Davis é nomeado diretor criativo da Salvatore Ferragamo

Maximilian Davis, em Londres: formado pela London College of Fashion, diretor da Ferragamo e dono de marca independente (Tolga Akmen/AFP/Getty Images)

A Salvatore Ferragamo anunciou em março a nomeação de Maximilian Davis como o novo diretor criativo da marca. Nascido em Manchester, Inglaterra, Davis se formou pela prestigiada instituição London College of Fashion. Há dois anos ele fundou sua marca homônima, Maximilian.

O designer substitui Paul Andrew como diretor criativo, que deixou o cargo na Salvatore Ferragamo no ano passado. Andrew saiu da marca em maio do ano passado. Sem um diretor criativo até então, as coleções foram produzidas por uma equipe interna.

A saída de Alessandro Michele da Gucci

O diretor criativo da Gucci, Alessandro Michele. (COSIMO SERENI/Divulgação)

Ainda em novembro, a Gucci anunciou a saída de Alessandro Michele como diretor criativo da marca. A demissão aconteceu após pedidos de mudanças nos designs, que não foram feitas pelo estilista, além do desejo de mudanças para a marca pelo presidente e CEO da Kering, François-Henri Pinault.

Michele assumiu o principal papel criativo na Gucci em 2015, e é um dos responsáveis por reviver e popularizar a marca com peças florais, extravagantes e, em alguns casos, sem gênero.

O trabalho de Michele refletiu nos lucros da marca, que entre 2015 e 2019, quadruplicaram. Porém, durante o ano, o desempenho da marca, que corresponde pela maior parte dos lucros da Kering, decaiu.

Prada e Adidas lançam coleção de NFT

Prada, uma das maiores marcas do mercado de luxo, e a Adidas, gigante do sportswear que recentemente anunciou a sua entrada para o metaverso, uniram forças para lançar um novo projeto de tokens não-fungíveis (NFTs) construído na rede Polygon. O projeto permitirá que os fãs contribuam com seus próprios designs.

Bernard Arnault, dono da LVMH, se torna o homem mais rico do mundo

Bernard Arnault. (Nathan Laine/Getty Images)

A lista que nos últimos anos reservou o topo para os nomes de Bill Gates, Jeff Bezos e Elon Musk, todos magnatas da tecnologia, agora parece ter firmado um novo nome para o maior bilionário do mundo: o francês Bernard Arnault, que viu seu patrimônio saltar de 76 bilhões de dólares em 2020 para 171 bilhões de dólares em 2022.

O sucesso da Shein

A chinesa varejista de roupas Shein (se pronuncia She In) tem dado trabalho para outros grandes nomes do setor de moda. Isto porque a empresa fundada por Chris Xu, em 2008, cresce no ocidente ao promover um negócio que permite comercializar cerca de 6.000 novos modelos por dia em plataformas digitais próprias, como site e aplicativo.

Com isto, a Shein registrou faturamento global de cerca de 56,1 bilhões de reais em 2020, segundo a plataforma de análise CB Insights, enquanto o grupo Inditex (dono da Zara), por exemplo, teve 127 bilhões de reais em receita no mesmo período.

A morte de Thierry Mugler

O estilista Manfred Thierry Mugler. (Richard Bord/WireImage/Reuters)

O estilista francês Thierry Mugler, que vestiu Beyonce e Lady Gaga, morreu em janeiro aos 73 anos de idade, de acordo com uma declaração na página oficial de Mugler no Facebook, confirmando reportagens anteriores da mídia francesa.

Mugler, que reinou sobre a moda nos anos 1980, era conhecido por seus desenhos teatrais ousados, com ombros largos e decotes afundados. Ele vestiu Beyoncé, Lady Gaga, David Bowie, Diana Ross e Duran Duran --entre muitos outros-- durante sua carreira no topo da indústria da moda.

A morte de Issey Miyake

Issey Miyake durante a semana de moda de Paris de 1997. (Daniel SIMON/Gamma-Rapho/Getty Images)

Poucos sabem, mas os suéteres preto de gola alta que Steve Jobs usava tinha assinatura de ninguém menos que Issey Miyake, estilista japonês conhecido por desenvolver peças plissadas que não amassavam. O estilista faleceu devido a um câncer no fígado aos 84 anos em agosto.

O estilista fundou a marca homônima em 1970, após trabalhar com Guy Laroche e Givenchy. Miyake também fez parte do grupo de japoneses que revolucionaram a moda nos anos 1980, ao lado de Rei Kawakubo e Yohji Yamamoto.

Além de roupas, Miyake desenvolveu linhas de acessórios como bolsas, relógios e perfumes. Em 1997 ele se aposentou das criações para se dedicar à pesquisa.

Os projetos do estilista podem ser encontrados em museus como o Victoria & Albert, em Londres, o Museu de Arte Moderna de Nova York e o Museu de Arte da Filadélfia.

Conheça a newsletter da EXAME Casual, uma seleção de conteúdos para você aproveitar seu tempo livre com qualidade.

Acompanhe tudo sobre:CEOsDesfiles de modaModa

Mais de Casual

Asics oferece empréstimo de tênis para corrida em várias cidades do Brasil; saiba mais

Por que novo carro da Citroën marca uma das maiores revoluções da Stellantis no Brasil

A Grand Seiko, marca japonesa de relógios de luxo, chega ao Brasil

Velocidade, luxo e lazer: os iates do Boat Show SP que chegam às águas brasileiras