Estádio Luzhniki, em Moscou, na Rússia: além das duas seleções, outro grande finalista de amanhã é o Estádio Luzhniki (Lars Baron/Getty Images)
EFE
Publicado em 14 de julho de 2018 às 15h25.
Moscou - Confira dez curiosidades sobre finais da Copa do Mundo:
França e Croácia disputarão o título da 21ª edição da Copa do Mundo e, no entanto, esta será a 20ª final. Como é possível?
A resposta está naquela que, provavelmente, é a partida mais famosa da história das Copas: o Maracanazo.
Em 1947, o Comitê Organizador brasileiro convenceu a Fifa para que não houvesse uma decisão, e sim um quadrangular com os campeões dos grupos da primeira fase, para "aumentar a emoção e a arrecadação".
A vitória do Uruguai sobre o Brasil por 2 a 1, no Maracanã, em 16 de julho de 1950, não foi uma final, mas uma partida pela terceira e última rodada deste quadrangular, que também teve Espanha 1 x 3 Suécia (seleções já eliminadas), no mesmo horário, no Estádio do Pacaembu, em São Paulo.
No duelo com a "Celeste", a seleção brasileira tinha a vantagem de empatar para ser campeã, mas após sair na frente no placar com um gol de Friaça, no início do segundo tempo, sofreu a virada com gols de Schiaffino e Ghiggia.
Protagonista de uma das primeiras partidas da história das Copas (houve dois jogos simultâneos) no dia 13 de julho de 1930, a França também participará do duelo de número 900. A seleção abriu aquela edição com uma vitória por 4 a 1 sobre o México, no estádio Pocitos, em Montevidéu, para um público de 4 mil pessoas. No mesmo horário, também na capital do Uruguai, os Estados Unidos derrotaram a Bélgica por 3 a 0 no estádio Parque Central.
Oficialmente, o francês Lucien Laurent é o autor do primeiro gol da Copa, ao balançar a rede aos 19 minutos do primeiro tempo.
De acordo com o regulamento da competição, França e Croácia terão que estar no Estádio Luhzniki no máximo até às 10h30 (horário oficial de Brasília) e terão divulgar as escalações até 10h35. A partida está prevista para o meio-dia (de Brasília).
Segundo o protocolo da Fifa, os hinos não podem ultrapassar um minuto e meio. As próprias federações entregaram mídias com seus hinos antes da competição.
França e Croácia terão que ter no conjunto de uniformes duas camisas de goleiro sem nome e número. O motivo? Caso um goleiro seja expulso após um time ter feito as três substituições - ou quatro, no caso de prorrogação -, a camisa descaracterizada serve para diferenciar o jogador de campo que assumir a função embaixo da trave.
A Alemanha, vencedora em 2014, não poderá mais utilizar o escudo de campeã do mundo a partir do apito final da decisão deste domingo. Para todos os efeitos, o escudo pertence à Fifa, e o ganhador do duelo de amanhã poderá ostentá-lo em todos os jogos oficiais até o dia 18 de dezembro de 2022, quando termina a Copa que será realizada no Catar.
O troféu de campeão não ficará com a seleção ganhadora. O objeto original, de 36,8 cm de altura e feito com 3 kg de ouro 18 quilates, só é erguido pelo time vencedor da decisão durante a cerimônia de premiação. Após o retorno da equipe aos vestiários, ele tem que ser devolvido à Fifa, que dá à federação campeã uma réplica (banhada a ouro), que tem o nome de "Troféu dos Campeões". Esta réplica, de qualquer forma, continua sendo propriedade da Fifa.
A Fifa, que para a Copa 2018 aumentou a premiação em 12% com relação a 2014, entregará um cheque no valor de US$ 38 milhões (R$ 146 milhões) ao vencedor da final. O vice levará US$ 28 milhões (pouco mais de R$ 105 milhões).
Caso a França seja campeã, os jogadores ficarão com 30% deste prêmio. Mbappé, por exemplo, já anunciou que doará sua parte a uma ONG.
Nikola Kalinic foi expulso da concentração croata ao se negar a entrar em campo no final da partida contra a Nigéria, na primeira rodada da fase de grupos. Ele não esteve em campo em nenhum momento, mas será campeão se sua seleção vencer a França, porque faz parte do elenco de 23 jogadores inscritos pela Croácia no torneio.
Jogadores como Franco Baresi (1982), Daniel Passarella (1986) e Ronaldo (1994), por opções dos técnicos, são exemplos de campeões que não jogaram nenhum minuto nas campanhas vitoriosas de suas seleções.
Além das duas seleções, outro grande finalista de amanhã é o Estádio Luzhniki, que já recebeu uma final olímpica (Moscou 1980), uma final de Liga dos Campeões (2008), uma final de Copa da Uefa (1999) e agora uma final de Copa do Mundo.