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Saúde mental impacta geração Z no trabalho, diz pesquisa no Reino Unido

Alto custo de vida e medo de fracassar são alguns dos problemas apontados pelos jovens no estudo

10% dos jovens mais pobres largaram o emprego por causa da saúde mental (Getty Images/Reprodução)

10% dos jovens mais pobres largaram o emprego por causa da saúde mental (Getty Images/Reprodução)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 4 de novembro de 2024 às 07h08.

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Depois de passar por várias rodadas de entrevistas, impressionar o gerente de contratação e conseguir o emprego, a Geração Z está sendo forçada a recusar as vagas que lhes foram oferecidas por causa dos custos associados ao início de um novo emprego. Pelo menos é isso que aponta pesquisa anual da instituição Prince's Trust, realizada com mais de 2 mil jovens de de 16 a 25 anos no Reino Unido.

O levantamento, publicado pela Fortune, mostra que o custo de vida está deixando os jovens de hoje ansiosos sobre seu futuro profissional, limitando sua perspectiva de sucesso.

Um número impressionante de 40% dos entrevistados disseram que sofrem de problemas de saúde mental e um terço teme que isso os impeça de atingir seus objetivos de carreira.

Para uma parcela considerável de jovens no mercado de trabalho, sua saúde mental já está atrapalhando nas atividades: um em cada cinco faltou à escola ou ao trabalho no ano passado, 18% se sentiram muito atolados para sequer se candidatar a empregos e 12% não conseguiram encarar as entrevistas.

Enquanto isso, um em cada 10 jovens de origens mais pobres largou o emprego este ano devido a problemas de saúde mental, de acordo com o estudo.

Cerca de 10% dos desempregados da Geração Z no Reino Unido tiveram que recusar um trabalho por não conseguirem bancar novos gastos relacionados ao emprego, como comprar roupas novas para o serviço ou mesmo o transporte para chegar ao escritório.

A confiança no que o dinheiro pode render para o jovem atingiu seu nível mais baixo desde que o índice começou a ser monitorado, em 2009. Mais da metade dos entrevistados têm medo de nunca estarem financeiramente seguros, e só pensar em dinheiro é o suficiente para estressar mais de um terço deles, segundo o estudo publicado pela Fortune.

Isso é mais evidente entre as mulheres jovens, com 60% se preocupando que o alto custo de vida as impeça de alcançar a segurança financeira. Enquanto isso, metade teme não ganhar o suficiente para sustentar uma família. Em comparação, cerca de 45% dos homens jovens têm as mesmas preocupações.

TikTok conselheiro?

A situação parece estar fazendo com que o grupo procure vídeos no TikTok para conselhos financeiros, uma vez que o número de jovens de 16 a 25 anos pesquisados ​​que recorrem à plataforma de mídia social para obter lições sobre "orçamento" dobrou desde 2022[/grifar], de acordo com a pesquisa da instituição fundada em 1976 pelo então príncipe Charles, hoje rei Carlos III.

Jovens desempregados estão se encontrando em um ciclo vicioso em que estar desempregado é ruim para sua saúde mental, mas, ao mesmo tempo, sua saúde mental está afetando sua capacidade de trabalhar.

Pesquisas separadas ecoaram que, mesmo quando os jovens trabalhadores aparecem, uma maioria esmagadora está perdendo o equivalente a um dia de trabalho por semana. Basicamente, eles estão indo para o escritório, mas estão tão ausentes mentalmente que lutam para realmente realizar qualquer coisa por quase 50 dias por ano.

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