Publicado em 8 de janeiro de 2025 às 17h50.
Última atualização em 8 de janeiro de 2025 às 18h03.
O design thinking é um conceito associado ao uso de métodos e técnicas que estimulam a criatividade e o pensamento crítico para ajudar as pessoas a resolverem problemas complexos e que parecem sem solução.
Com origem no campo do design, a técnica ganhou espaço em empresas de diferentes setores ao oferecer um modelo estruturado para encontrar respostas criativas e práticas às suas dificuldades.
O termo design thinking, que em português pode ser traduzido para pensamento de design, surgiu nos anos 1960, quando acadêmicos e designers começaram a buscar maneiras de estruturar o processo criativo. A popularização, no entanto, veio em 1990 com a consultoria IDEO, dos Estados Unidos, que adaptou o conceito para negócios, ajudando empresas a inovar por meio de empatia e experimentação.
A metodologia combina criatividade, análise de dados e técnicas colaborativas. Sua premissa básica é entender profundamente as necessidades do usuário para criar soluções funcionais e impactantes.
A aplicação deste método é dividida em cinco etapas principais:
A metodologia já foi aplicada com sucesso em diversas áreas corporativas, por exemplo, no setor de saúde. Em hospitais, a técnica foi usada para redesenhar o atendimento de emergência, reduzindo o tempo de espera e melhorando a experiência do paciente.
Outro caso notável envolve o setor de tecnologia. O gigante Airbnb — de aluguel de casas por temporada — utilizou o método para resolver problemas relacionados à experiência do usuário, aprimorando tanto a interface digital quanto o relacionamento entre hóspedes e anfitriões.
Empresas de todos os tamanhos podem adotar o design thinking. No ambiente corporativo, a técnica é útil para melhorar produtos, criar novos serviços ou otimizar processos internos.
Para começar, crie equipes multidisciplinares que possam trazer diferentes perspectivas ao desafio. A aplicação das etapas mencionadas anteriormente permite que o grupo cocrie soluções práticas e inovadoras, com base em insights reais dos usuários ou colaboradores.
O uso deste método promove colaboração e ajuda a romper barreiras entre áreas como marketing, tecnologia e atendimento ao cliente. Seja em uma grande corporação ou em um projeto pessoal, essa abordagem se destaca por sua flexibilidade e foco em resultados práticos.
Embora essa metodologia seja amplamente elogiado por sua eficácia, sua implementação ainda enfrenta alguns desafios. Um dos principais é a resistência cultural dentro das empresas. Colaboradores e líderes que estão habituados a métodos tradicionais podem ter dificuldade em aceitar a abordagem experimental e interativa do design thinking.
Outro desafio é o tempo necessário para completar as etapas. Empresas que operam sob pressão de prazos curtos podem considerar o processo muito demorado. Além disso, a falta de treinamento adequado também pode comprometer os resultados. Sem conhecimento sobre como aplicar o método, equipes tendem a focar mais em ideias superficiais do que em soluções viáveis.
A necessidade de reunir equipes multidisciplinares pode ser outro ponto crítico, principalmente em organizações com silos entre departamentos. Esse esforço exige um compromisso real com a colaboração e a disposição para ouvir diferentes perspectivas.
Se destacando por sua capacidade de equilibrar criatividade e pragmatismo, esse método de resolução de problemas oferece vantagens em relação aos tradicionais, uma vez que o foco central é no usuário. Enquanto muitas abordagens se concentram em processos ou resultados financeiros, este parte das necessidades humanas, o que resulta em soluções mais funcionais e bem aceitas pelo público.
A flexibilidade é outro diferencial. A abordagem permite ajustes constantes durante o desenvolvimento, reduzindo o risco de falhas no momento da implementação. Comparado a modelos lineares, como o método cascata, o design thinking promove interações rápidas e aprendizagem contínua.
Além disso, a aplicação da técnica estimula a criatividade e o pensamento fora da caixa, fatores essenciais para inovação. Em vez de seguir caminhos já conhecidos, a metodologia incentiva soluções originais, muitas vezes transformando problemas complexos em oportunidades.
Por fim, a colaboração multidisciplinar gera um alinhamento mais sólido entre as equipes, promovendo engajamento e senso de propósito entre os colaboradores. Essa abordagem inclusiva contribui para a construção de uma cultura organizacional mais adaptável às mudanças do mercado.