Para manter a energia produtiva, é necessário revisar constantemente sistemas e processos (yuoak/Getty Images)
Publicado em 1 de outubro de 2024 às 15h00.
Aplicar modelos mentais da física para resolver problemas no trabalho pode ser uma maneira poderosa de abordar desafios com uma perspectiva única e mais estruturada. Esses princípios, originalmente concebidos para descrever fenômenos físicos, podem ser adaptados para entender dinâmicas organizacionais e comportamentais, ajudando a otimizar processos e tomadas de decisão.
Na física, a relatividade destaca como um observador não pode compreender completamente um sistema do qual faz parte. No trabalho, isso se aplica ao fato de que, muitas vezes, é difícil avaliar problemas quando estamos dentro da situação. Assim, buscar feedback externo ou mudar a perspectiva pode ajudar a entender melhor a dinâmica de um projeto ou equipe. Um exemplo seria solicitar a opinião de uma pessoa de fora para identificar pontos cegos que podem estar sendo ignorados internamente.
Na física, a reciprocidade explica que, se você empurra uma parede, ela empurra de volta com igual força. No ambiente de trabalho, o princípio é observado nas interações humanas: ações positivas tendem a gerar respostas positivas, e o oposto também é verdadeiro. Isso significa que, ao liderar ou colaborar, atitudes de cooperação e respeito geralmente são recompensadas de forma similar, criando um ambiente de trabalho mais harmonioso.
A segunda lei da termodinâmica afirma que a energia útil em um sistema fechado tende a se dissipar. No trabalho, isso pode ser visto na forma de desgaste e ineficiência em processos que não são atualizados. Assim, a lição que podemos extrair é que, para manter a energia produtiva, é necessário revisar constantemente sistemas e processos, evitando que se tornem obsoletos ou ineficazes.
Assim como objetos em movimento tendem a continuar em movimento a menos que sejam interrompidos, no trabalho, uma equipe ou projeto que segue uma direção específica tende a manter o curso, mesmo que não seja o mais eficiente. Isso pode ser benéfico para manter a consistência, mas também pode dificultar mudanças necessárias. Entender esse princípio ajuda a reconhecer quando é necessário intervir para mudar a direção de um projeto.
O atrito é a força que resiste ao movimento de dois objetos em contato, enquanto a viscosidade mede a dificuldade de movimento entre fluidos. No trabalho, esses conceitos podem ser traduzidos para as barreiras e obstáculos que impedem a eficiência. Processos excessivamente burocráticos, por exemplo, criam "atrito" que dificulta o progresso. Reduzir essas barreiras é fundamental para otimizar o fluxo de trabalho e garantir maior produtividade.
Velocidade não é o mesmo que rapidez. Na física, velocidade envolve direção e não apenas movimento. Da mesma forma, no ambiente de trabalho, é importante não apenas estar ocupado, mas sim avançar em direção a objetivos claros. Movimentos rápidos sem um propósito definido podem resultar em desperdício de esforço, enquanto uma estratégia bem direcionada maximiza os resultados.
A alavancagem é um conceito que permite que pequenas forças produzam grandes efeitos. No contexto profissional, isso pode ser visto na forma de estratégias de alavancagem, onde ações menores ou recursos limitados podem ser utilizados de maneira inteligente para gerar grandes impactos. Um bom exemplo disso é o uso estratégico de tecnologias ou ferramentas que aumentam a eficiência sem a necessidade de grandes investimentos de tempo ou recursos.
Ao aplicar esses princípios no ambiente de trabalho, é possível melhorar a eficiência, resolver desafios com mais facilidade e criar estratégias mais eficazes para o sucesso.
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