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Como é pagamento de férias: saiba quais os direitos do trabalhador

Conheça os principais aspectos legais sobre o pagamento de férias e saiba se seus direitos estão sendo respeitados

As férias devem garantir o descanso e a recuperação física e mental do trabalhador (maxsaf/Thinkstock)

As férias devem garantir o descanso e a recuperação física e mental do trabalhador (maxsaf/Thinkstock)

Publicado em 17 de maio de 2024 às 11h19.

Última atualização em 8 de julho de 2024 às 14h57.

As férias são um período essencial para o descanso e recuperação do trabalhador, sendo também uma prática garantida por lei no Brasil para todos os profissionais regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Além do merecido descanso, o período de férias inclui particularidades em seu pagamento que ampliam o benefício econômico para o trabalhador. Neste artigo vou explicar como esse pagamento é calculado, quais direitos acompanham o trabalhador durante esse período, e detalhes adicionais que cada empregado e empregador deve conhecer para assegurar a correta aplicação da lei.

Como é Calculado o Pagamento de Férias

O pagamento das férias deve ser feito até dois dias antes do início do respectivo período de descanso do empregado. Este pagamento inclui o salário correspondente aos dias de férias e, adicionalmente, um terço desse valor a mais, como prevê o artigo 7º da Constituição Federal e a CLT.

Valor das Férias

O valor pago pelas férias é o mesmo que o empregado receberia se estivesse trabalhando, mais um adicional de um terço do salário. Por exemplo, se um empregado ganha R$3.000 por mês, ele receberá R$4.000 pelas férias (R$3.000 + R$1.000 de um terço constitucional).

Quando um trabalhador retorna de férias, seu salário deve ser pago normalmente conforme as condições estipuladas em seu contrato de trabalho, sem interrupções ou alterações devido ao período de férias. Aqui estão alguns pontos importantes sobre o pagamento do salário após o período de férias:

  1. Pagamento Regular: O salário após o retorno das férias deve continuar sendo pago na data habitual de pagamento estipulada pelo empregador, sem atrasos.
  2. Sem Descontos: Não deve haver descontos no salário por ter tirado férias, pois o pagamento das férias, incluindo o adicional de um terço constitucional, é realizado antes do início das férias.
  3. Acertos e Bônus: Qualquer acerto ou bônus que teria sido pago durante o período de férias deve ser ajustado e pago após o retorno, se aplicável.
  4. Condições Contratuais: É importante revisar o contrato de trabalho e as políticas internas da empresa para verificar se há alguma especificidade relacionada ao retorno de férias que possa afetar o pagamento.

Período Aquisitivo e Concessivo

O período aquisitivo das férias é de 12 meses, contados a partir da data de admissão do empregado. Após completar esse período, o empregador tem mais 12 meses (período concessivo) para conceder as férias. Caso não o faça, deve pagar as férias em dobro, conforme previsto no artigo 137 da CLT.

Venda de Férias

O empregado pode vender, ou "abono pecuniário", até um terço de suas férias, ou seja, ele pode optar por converter 10 dos 30 dias de férias em dinheiro. O cálculo do valor do abono é feito com base no valor das férias acrescido de um terço.

Compreender seus direitos em relação ao pagamento de férias é crucial para garantir que eles sejam devidamente respeitados. Tanto empregadores quanto empregados devem estar cientes de suas responsabilidades e direitos para evitar conflitos e garantir um ambiente de trabalho justo e saudável.

Trabalhador que não tira férias

Quando um trabalhador não tira férias, existem algumas implicações legais e financeiras que tanto o empregado quanto o empregador devem considerar, conforme definido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) no Brasil:

  1. Direito a Férias Remuneradas: Segundo a CLT, todo trabalhador tem direito a férias remuneradas após cada período aquisitivo de 12 meses de trabalho. Caso o trabalhador não tire férias dentro do período concessivo subsequente (os próximos 12 meses), o empregador é obrigado a pagar em dobro a remuneração das férias.
  2. Indenização: Se o contrato de trabalho for encerrado e o empregado ainda tiver direito a férias não gozadas, ele deve receber uma indenização proporcional. Essa indenização inclui o pagamento das férias acrescido de um terço, conforme o período aquisitivo completo ou proporcional não gozado.
  3. Negociação: Embora a legislação trabalhista brasileira estipule que as férias devem ser concedidas no período de 12 meses após o empregado ter adquirido o direito, pode haver negociações entre empregador e empregado para o melhor momento de gozo das férias, desde que não ultrapasse o segundo período aquisitivo.
  4. Saúde e Segurança do Trabalho: É importante lembrar que as férias também são uma questão de saúde pública, destinadas a garantir o descanso e a recuperação física e mental dos trabalhadores, evitando assim o desgaste excessivo e prevenindo problemas de saúde relacionados ao trabalho contínuo sem períodos adequados de descanso.

Portanto, é crucial que tanto empregadores quanto empregados estejam cientes das regras e dos direitos relacionados às férias, para evitar penalidades legais e garantir o bem-estar do trabalhador. Para mais informações detalhadas, é recomendado consultar um advogado especializado em direito do trabalho ou acessar diretamente os recursos da legislação brasileira, como o site do Ministério do Trabalho ou a CLT online.

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