A profissionalização no setor exige dedicação, estudo contínuo e presença ativa em comunidades e redes sociais. (zeljkosantrac/Getty Images)
Publicado em 9 de junho de 2025 às 17h48.
Se você é do tipo que brilha ao narrar campanhas de RPG, organiza noites de boardgames com os amigos ou passa horas debatendo regras e estratégias, talvez tenha aí mais do que um passatempo. A paixão por jogos pode se transformar em profissão — e o mercado está mais aberto do que nunca para quem sabe unir criatividade, estratégia e uma boa dose de imaginação.
Responsável por criar regras, mecânicas, narrativas e protótipos, esse profissional transforma ideias em experiências jogáveis. Atua em editoras, estúdios ou como autor independente, sempre equilibrando diversão e desafio.
Cria vídeos, podcasts, blogs e transmissões ao vivo sobre o universo dos jogos. Analisa lançamentos, ensina regras e forma comunidades engajadas. Com o tempo, pode monetizar a audiência com parcerias, publicidade e financiamento coletivo.
Abre lojas especializadas, bares lúdicos ou organiza eventos. Além de vender jogos, promove experiências presenciais com oficinas, campeonatos e encontros temáticos. Ideal para quem deseja unir paixão e negócio próprio.
Desenvolve a identidade visual dos jogos, incluindo artes, componentes, layout e embalagem. Trabalha em conjunto com autores e editoras, sendo peça-chave para atrair o público e enriquecer a experiência de jogo.
Conduz sessões narrativas para grupos presenciais ou online, muitas vezes com foco em entretenimento, aprendizado ou até desenvolvimento pessoal. Pode também ministrar cursos sobre narrativa, construção de personagens e técnicas de gamificação.
O mercado de jogos cresceu de forma expressiva na última década, com o aumento da produção nacional, crowdfunding e plataformas de streaming. Os jogos de tabuleiro deixaram de ser nicho e se tornaram parte da cultura pop contemporânea.
Criatividade, empatia, raciocínio lógico e boa comunicação são competências muito valorizadas em áreas ligadas a jogos de mesa e RPG. Além disso, habilidades como gestão de comunidade, ilustração digital e marketing de conteúdo também se destacam.
Empresas do setor buscam pessoas que saibam transitar entre o universo do entretenimento e a entrega de valor educacional, estratégico ou emocional — seja por meio de um produto, uma história ou uma experiência coletiva.
Cursos de game design, design gráfico, ilustração digital e storytelling são fundamentais para quem deseja atuar com desenvolvimento de jogos.
Eventos como a Diversão Offline, a CCXP e a Gen Con (nos EUA) são ótimos lugares para conhecer editoras, autores e criadores. Plataformas como Catarse e Itch.io também funcionam como vitrines de projetos.
No caso de ilustradores e designers, o portfólio é o principal cartão de visitas. Para mestres e produtores de conteúdo, vale manter uma presença ativa em redes sociais, YouTube, Twitch e fóruns especializados.
Participar de comunidades, testar protótipos de jogos independentes, colaborar em projetos e eventos amplia as chances de ser notado e valorizado no meio.
Nem toda paixão precisa virar profissão — e transformar um hobby em trabalho pode mudar sua relação com ele. Avalie o quanto você está disposto a profissionalizar seu interesse, estudar novas ferramentas e lidar com a rotina de um mercado que envolve prazos, orçamento e expectativas comerciais.
A profissionalização no setor exige dedicação, estudo contínuo e presença ativa em comunidades e redes sociais. Mas, para quem tem perfil criativo e gosta de pessoas, os jogos de tabuleiro e RPG oferecem caminhos instigantes e recompensadores.