A arqueologia subaquática alia conhecimento histórico e inovação tecnológica, oferecendo novas perspectivas para o estudo de patrimônios submersos. (©afp.com)
Publicado em 24 de abril de 2025 às 17h05.
A arqueologia subaquática, ramo especializado da arqueologia que explora vestígios históricos no fundo dos mares e oceanos, desperta a curiosidade e o fascínio de muitas pessoas. No Brasil, a área ainda é considerada uma especialização dentro da arqueologia convencional, mas as oportunidades de carreira para quem deseja mergulhar nesse campo de estudo estão crescendo.
Quem se interessa em estudar vestígios de naufrágios, cidades submersas ou restos de civilizações antigas, precisa entender as profissões que envolvem a área e o que é necessário para seguir nesse caminho. Conheça cinco opções de carreira e suas medias salariais de acordo com o Glassdoor e tendo a cidade de São Paulo como referência.
É o profissional que lidera as escavações e investigações em sítios submersos, como naufrágios, portos antigos ou outras estruturas subaquáticas. Também é responsável por mapear as áreas de interesse, analisar artefatos encontrados e interpretar os achados com base em seu contexto histórico.
Para atuar nessa área, é necessário ter formação em arqueologia, com especialização em arqueologia subaquática, além de um curso de mergulho profissional (pelo menos o nível básico de Open Water Diver da PADI ou outra certificadora).Trabalha em colaboração com arqueólogos subaquáticos, mas seu foco está em compreender o contexto histórico dos achados e na pesquisa documental sobre os locais e artefatos encontrados no fundo do mar.
Este profissional é fundamental para dar interpretação e significado histórico ao que é descoberto. A formação necessária é em História, com especialização em História Marinha, e cursos como o de Arqueologia Subaquática são um diferencial.
O engenheiro de equipamentos subaquáticos projeta e desenvolve tecnologias utilizadas em escavações e investigações submersas. Isso inclui veículos operados remotamente (ROVs), drones subaquáticos e sistemas de mapeamento 3D.
Com o aumento da demanda por tecnologias de ponta, a área tem se expandido, especialmente em projetos ligados à preservação e exploração de naufrágios. A formação necessária é em Engenharia, com especialização em Engenharia Subaquática.
Estuda o impacto da biota marinha sobre os sítios arqueológicos subaquáticos, e como a fauna e a flora subaquáticas podem interferir no estado de conservação de artefatos e até em seu resgate. Para atuar nessa área, é necessário ter formação em Biologia Marinha, com especialização em Ecologia Subaquática ou Arqueologia Subaquática.
O profissional é responsável por preservar e restaurar artefatos encontrados em escavações subaquáticas. Esse trabalho exige o conhecimento de técnicas de conservação de materiais como metais, cerâmicas e madeiras, que são sensíveis à água salgada e à ação do tempo.
Para atuar nessa profissão, a formação básica pode ser em Tecnologia de Conservação ou Arqueologia, com cursos específicos em conservação de patrimônio subaquático.
No Brasil, existem algumas vagas de concurso público para profissionais que atuam com arqueologia subaquática, principalmente nas áreas de preservação do patrimônio cultural, em instituições como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Embora a oferta para a área ainda seja limitada, algumas universidades também oferecem oportunidades em projetos de pesquisa relacionados à arqueologia subaquática. A exigência mais comum é que o candidato tenha formação em arqueologia ou áreas correlatas, com especialização.
O campo da arqueologia subaquática tem ganhado relevância nas últimas décadas devido à descoberta crescente de naufrágios e cidades submersas, que oferecem um potencial histórico imenso. Além disso, os avanços tecnológicos no uso de drones, sensores e inteligência artificial têm facilitado a busca e o estudo de vestígios subaquáticos, ampliando as possibilidades de exploração.
No entanto, a profissão enfrenta desafios, como as condições adversas de trabalho no fundo do mar, a necessidade de investimentos em equipamentos especializados e a escassez de recursos para preservação dos achados.
Ainda assim, o futuro da área parece promissor, com a tendência de mais investimentos em turismo cultural e projetos de resgate de patrimônios submersos, além da colaboração entre universidades e empresas privadas, que estão cada vez mais comprometidas com a preservação do meio ambiente e da história.
A inovação, com novas técnicas de escavação e mapeamento, também tem aberto novas frentes de trabalho, tornando a área mais acessível e dinâmica.
Para quem tem interesse em trabalhar na interseção entre história e tecnologia, a arqueologia subaquática é uma opção empolgante. Com o aumento da valorização do patrimônio cultural submerso, essa área oferece oportunidades de carreira únicas e de impacto global.
Além disso, as qualificações exigidas para atuar nesse campo são interdisciplinares, permitindo que profissionais com diferentes formações se especializem e contribuam para o avanço dessa área emergente da arqueologia.