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Ensinando Ciência para crianças de jeito divertido

A cientista Ana Carolina Zeri quer formar jovens mais críticos ao ensinar ciências às crianças carentes do interior do Brasil

Ana Carolina Zeri, do Laboratório Nacional de Biociências: trabalho social para levar ciência às crianças (Fabiano Accorsi / VOCÊ S/A)

Ana Carolina Zeri, do Laboratório Nacional de Biociências: trabalho social para levar ciência às crianças (Fabiano Accorsi / VOCÊ S/A)

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Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2014 às 13h07.

São Paulo - A física paulista Ana Carolina Zeri, de 42 anos, foi a única brasileira convidada a participar do evento Solve for X, realizado pelo Google, em fevereiro, na Califórnia.

A proposta do encontro, no qual cada palestrante fala por 10 minutos para uma audiência de cientistas e investidores, é resolver problemas globais por meio da ciência e da tecnologia.

O convite para que Ana fosse à Califórnia surgiu por causa do projeto Ponto de Ciên­cia, que ela desenvolve na ONG Associação Anhumas-Quero-Quero, no Parque Ecológico de Campinas. Ana se propõe a ensinar ciência a crianças da rede pública de forma divertida.

Num dos experimentos, os jovens observam células de saliva no microscópio, depois relatam a experiência no blog pontociencia.org.br.

O projeto beneficia 150 crianças e adolescentes, que frequentam a ONG no período em que não estão na escola. Quando não está no Ponto de Ciência, Ana trabalha como pesquisadora de fármacos para o combate de diversas doenças no Laboratório Nacional de Biociências, em Campinas.

No evento do Google, Ana apresentou o Ponto de Ciência a uma plateia de 100 cientistas e investidores. Sua proposta é que o projeto seja replicado em todo o Brasil.

Filha de professores, Ana estudou em escola pública, fez ensino médio técnico em eletrônica e faculdade de física na Universi­dade de São Paulo. Depois disso, foi fazer doutorado e pós-doutorado em bioquímica na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos.

A repercussão da apresentação da brasileira no Solve for X foi positiva, mas a consideram uma sonhadora.

“Eles me disseram que para provocar uma mudança deveria haver muitas Anas.” Ao que a cientista respondeu: “Eu acho que existem muitas Anas, sim. Só precisamos nos organizar para conectá-las e fazer acontecer”.

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