(Reprodução/LinkedIn)
Estagiária de jornalismo
Publicado em 12 de novembro de 2025 às 15h18.
Em um mundo onde a inteligência artificial está moldando o futuro do trabalho, um jovem empresário de 22 anos decidiu que seu caminho não seria o convencional.
Enquanto seus colegas de faculdade se preparavam para os exames finais, Brendan Foody, co-fundador da Mercor, estava no Brasil, criando uma das startups mais promissoras do mercado de tecnologia.
Menos de dois anos depois, ele e seus co-fundadores se tornaram bilionários, e sua empresa, que conecta profissionais a modelos de IA, chegou a uma avaliação de 10 bilhões de dólares.
Foody e seus colegas de escola, Adarsh Hiremath e Surya Midha, começaram a perceber que a verdadeira revolução não seria sobre o que a IA poderia fazer sozinha, mas sim como os humanos poderiam ensinar as máquinas a pensar com nuances, julgamento e criatividade.
Eles criaram a Mercor com um modelo simples de conectar empresas a engenheiros no exterior para reduzir custos. Porém, rapidamente, esse modelo evoluiu para algo muito maior.
Hoje, a Mercor oferece um sistema de “human-in-the-loop” (HITL), onde profissionais de várias áreas, como médicos, advogados e consultores, avaliam a capacidade das IAs em executar tarefas complexas, como redigir memorandos financeiros ou analisar dados médicos.
A plataforma permite que as empresas forneçam feedback detalhado para refinar os modelos de IA, transformando cada avaliação em uma oportunidade para as máquinas aprenderem o que antes era exclusivo dos humanos.
O que faz a Mercor única é seu foco em ensinar a IA a realizar tarefas que exigem julgamento e discernimento, habilidades tipicamente humanas.
Foody acredita que, ao capacitar a IA com essas competências, a empresa não está apenas criando um produto, mas reinventando o futuro do trabalho.
"Ao invés de temer que a IA substitua os empregos, estamos criando um mercado em que humanos treinam as máquinas para tomar decisões mais inteligentes", disse Foody.
Esse modelo de trabalho, segundo ele, não só ampliará a aplicação de IA em setores-chave, como também criará uma nova classe de emprego global, focada em "microtarefas" de avaliação e refinamento de IA.
Em apenas nove meses, a Mercor atingiu um milhão de dólares em receita anual, validando o conceito de que a demanda por humanos treinando IA era real.
O crescimento da empresa foi acelerado por uma rede de investidores renomados, e o foco em tarefas específicas e de alto valor para áreas como direito, saúde e finanças a tornou uma das startups mais promissoras da era da IA.
Com a avaliação de sua empresa agora ultrapassando os 10 bilhões de dólares, Foody vê a Mercor não apenas como uma empresa de sucesso, mas como a fundação de uma nova economia de trabalho.
Ele prevê um futuro em que a automação substitui tarefas repetitivas e permite que os humanos se concentrem em tarefas de maior valor, como a inovação e a tomada de decisões complexas.
A plataforma da Mercor tem uma proposta única para empresas e trabalhadores: ela permite que as empresas contratem avaliadores humanos de qualquer lugar do mundo para realizar microtarefas, que ajudam as IAs a melhorar continuamente.
Esse sistema cria um ciclo virtuoso de dados e demanda, acelerando o desenvolvimento da IA, enquanto oferece novas oportunidades de trabalho para milhões de profissionais globais.
O futuro do trabalho, segundo Foody, não está em evitar a automação, mas em abraçá-la e moldá-la para criar uma nova era de colaboração entre humanos e máquinas.
"Estamos apenas começando", afirma Foody, "mas acredito que, em breve, poderemos automatizar grandes porções do trabalho de conhecimento, e isso abrirá portas para a exploração de novas fronteiras da ciência, como a cura do câncer e até viagens a Marte".
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