Palco do Web Summit Rio (Maria Lobianco/Bússola)
Analista de Comunicação - Redatora da Bússola
Publicado em 18 de abril de 2024 às 15h00.
A Inteligência Artificial (IA) roubou a cena no Web Summit, dominando não só palestras e workshops, mas também as conversas pelos corredores do evento que começou na última segunda-feira (15) e vai até hoje (18).
Grandes nomes como Bianca Andrade (Boca Rosa), Mike Brock, CEO da TBD, KondZilla e Fábio Coelho, presidente do Google Brasil, fizeram parte do ilustre grupo de palestrantes, com a IA agindo como uma verdadeira maestrina, orquestrando as discussões e insights compartilhados.
E o que as grandes techs estão fazendo? A Bússola foi ao evento buscar a resposta para essa pergunta.
Na Sympla, a IA é vista como uma poderosa aliada para melhorar:
"A IA nos ajuda a entregar um serviço mais refinado, desde a produção de conteúdo até a logística de eventos," explicou Roberto Mameli, CTO da Sympla, durante sua apresentação no Web Summit.
A ideia é que, ao cuidar das tarefas mais rotineiras, a IA libere os funcionários para se concentrarem em atividades mais estratégicas e criativas.
Já a Globant, por sua vez, utiliza a IA para personalizar a experiência dos clientes em grande escala, como no caso de seus trabalhos com a Disney. Além disso, utilizam a tecnologia para:
No entanto, com grandes poderes vêm grandes responsabilidades.
A implementação da IA traz consigo a necessidade de uma governança forte, como destacou Marcelo Braga, presidente da IBM Brasil. A preocupação não está apenas em aplicar a tecnologia, mas em fazê-lo de forma ética e transparente, assegurando que os dados sejam manuseados corretamente e que os sistemas sejam livres de viés prejudicial.
O desenvolvimento de habilidades relevantes para a era da IA foi um tema recorrente. A Chief Impact Officer da IBM, Justina Nixon-Saintil, ressaltou a importância da capacitação e da diversidade na formação em IA, garantindo que diferentes perspectivas sejam consideradas no desenvolvimento e uso da tecnologia. "Estamos comprometidos em fornecer acesso à educação em IA para que todos tenham as ferramentas necessárias para prosperar neste novo ambiente".
Em entrevista exclusiva para a Bússola, Cesar Gon, CEO da CI&T, compartilhou sua visão sobre o futuro da Inteligência Artificial. Este é um momento marcante na história da computação, destacou ele, à medida que entramos em um novo capítulo de transformação turbinado pela IA.
Segundo Cesar, a jornada da IA nas próximas décadas pode ser visualizada em três atos estratégicos:
1. Hiperprodutividade e eficiência: já estamos vivenciando este primeiro ato, no qual a IA é empregada para aumentar a produtividade humana. A tecnologia automatiza tarefas rotineiras e oferece caminhos inteligentes para acelerar a solução de problemas, tornando as operações diárias mais eficientes.
2. Guerra da experiência: esperado para se desenvolver nos próximos dois a quatro anos, esse segundo ato transformará a interação entre homem e máquina. A transição das interfaces baseadas em tela para comunicações mais naturais, usando a linguagem humana, promete revolucionar a experiência do usuário com a tecnologia.
3. Modelos de decisão inovadores: O terceiro ato, previsto para daqui sete a 10 anos, introduzirá modelos de negócios radicalmente novos e disruptivos. A capacidade de tomar decisões complexas de maneira mais eficaz e a custos significativamente reduzidos mudará a maneira como as empresas operam, abrindo caminho para inovações estratégicas e operacionais sem precedentes.
Será? A gente vai acompanhar e te contar tudo!
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