Criatividade e empatia também são parte do currículo (DrAfter123/Getty Images)
Bússola
Publicado em 27 de janeiro de 2023 às 18h30.
Última atualização em 27 de janeiro de 2023 às 18h49.
Como uma jornalista se tornou a gerente-geral de design da IBM? E como uma antropologista se tornou a diretora global da Ford Motor Company?
Existem habilidades socioemocionais que são muito valorizadas no mercado de trabalho. São as soft skills, habilidades interpessoais que destacam pessoas em posição de liderança.
A capacidade de falar e ouvir a história das pessoas fez com que Katrina Alcorn, GGD da IBM, recebesse a oferta para trabalhar e liderar uma equipe de centenas de designers na empresa, colocando em prática o design como solução de problemas. “Design de produto é um campo que exige diferentes habilidades, para criar soluções para problemas”, segundo Alcorn.
Inventar o que ainda não existe é uma das habilidades criativas que envolvem as equipes de sucesso, com estratégias definidas por pesquisa.
O design thinking é uma metodologia que trabalha a solução de problemas com design centrado no ser humano, ou seja, resolver problemas para melhorar a vida das pessoas.
Ele é desenvolvido para resolver um problema para uma pessoa e detectar o que ela precisa.
A partir daí, uma equipe multidisciplinar, com diferentes experiências, formações acadêmicas e pontos de vista, vai desenvolver pesquisas, entrevistas, traduzir dados qualitativos e quantitativos, formular uma hipótese e testar um protótipo, colher o feedback e melhorar o protótipo, até não haver mais brechas.
Desta forma são criados carros, softwares, sites, aplicativos e soluções engenhosas para o bem-estar das pessoas.
É através da pesquisa que podemos desenvolver uma estratégia digital, por exemplo, pesquisando amplamente a persona que se relaciona com uma marca e detectando a sua dor. Criar a solução mais criativa para estes problemas é o que distingue um bom estrategista de uma pessoa comum.
Segundo Sandy Fershee, GD da Ford, “entender o contexto em que as pessoas estão, ajuda a encontrar melhores soluções”.
Outras características importantes de soft skills são liderança, comunicação, trabalho em equipe, flexibilidade, resiliência, proatividade, otimismo, empatia, inteligência emocional para ouvir e fazer críticas, autoconfiança, criatividade.
É mais fácil ensinar um líder proativo com habilidades emocionais aprender taquigrafia, por exemplo, do que ensiná-lo a ser flexível e empático. Isso acontece porque as habilidades emocionais são comportamentais, ao passo que a taquigrafia é uma habilidade técnica.
As habilidades interpessoais são competências exclusivamente humanas, aprendidas durante nosso desenvolvimento, diferentes das hard skills, que são as habilidades técnicas. É o que nos distingue da inteligência artificial dos robôs.
O aprendizado das soft skills pode ser adquirido e treinado também. Elas são habilidades subjetivas e dependem de um processo interno para que elas aflorem. A busca do autoconhecimento, aprimorando sua inteligência emocional, pode levar ao aperfeiçoamento de suas soft skills.
Existem cursos que trabalham o aprimoramento da interação entre profissionais, incentivando o relacionamento humano e a confiança, ótimas ferramentas para fortalecer suas habilidades existentes e descobrir outras que estejam escondidas.
A prática regular de exercícios físicos, boa alimentação, meditação também são coadjuvantes de uma vida melhor, que sustentam e integram suas habilidades.
Ter algumas das soft skills coloca você em vantagem no mercado de trabalho, então é bom fazer um “auto-feedback” e entender quais habilidades precisam ser melhoradas ou adquiridas para você desempenhar melhor o seu papel, onde quer que esteja executando o seu trabalho!
*Rejane Toigo é estrategista digital e fundadora da Like Marketing.
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