Ticket médio de vendas nas lojas dos shoppings ficou em R$ 118,44 em fevereiro (Andre Coelho/Getty Images)
Bússola
Publicado em 12 de abril de 2022 às 21h30.
O mês de fevereiro registrou um crescimento de vendas em lojas de shoppings de 10,6%, de acordo com dados do Índice Cielo de Varejo em Shopping Centers (ICVS-Abrasce). No acumulado do ano, as vendas acumulam uma alta de 10,3%. O resultado reforça o momento de recuperação no setor, iniciado no ano passado.
Do ponto de vista regional, as regiões que mais se destacaram, no segundo mês de 2022, com crescimento das vendas acima da média nacional são: Nordeste (13,4%), Sul (12,9%) e Norte (10,9%). A região Sudeste registrou uma expansão de 9,5%, enquanto no Centro-Oeste teve um acréscimo de 5,5%.
Apesar do cenário macroeconômico, caracterizado por inflação em alta e queda no rendimento das famílias brasileiras, o ticket médio de vendas nas lojas dos shoppings ficou em R$ 118,44 em fevereiro. O valor é ligeiramente inferior aos R$ 120,85 do mesmo período do ano passado, mas ainda assim 24% superior ao de fevereiro de 2020 no período pré-pandemia da covid-19.
Fluxo - A alta no comércio dos shoppings coincide com uma franca recuperação no fluxo de visitantes do setor, reflexo de um número cada vez maior de brasileiros imunizados contra o coronavírus. O estudo indica que, no segundo mês de 2022, foi registrado um acréscimo de 24,2% no total de frequentadores dos empreendimentos em comparação ao mesmo período de 2021.
O presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), Glauco Humai, avalia que os índices positivos são um termômetro importante que apontam para a continuidade do crescimento do setor em 2022 e uma progressiva recuperação nos níveis pré-pandemia.
Segundo ele, os dados comprovam a expectativa de que o aumento nas vendas nos shoppings será gradual e contínuo em 2022 e vai ocorrer à medida em que o nível de visitantes cresce. Consequentemente, o tíquete médio elevado é beneficiado pelo ambiente seguro que se oferece aos frequentadores e uma experiência que transcende o simples ato de comprar.
“Acreditamos que com uma melhora nos indicadores macroeconômicos poderemos ter resultados ainda melhores”, declara Glauco.
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