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Coluna de Alon Feuerwerker analisa a tradicional polarização nas eleições americanas, que ganhou novos contornos na disputa Trump x Biden

John McCain (Robyn Beck/AFP)

John McCain (Robyn Beck/AFP)

Mariana Martucci

Mariana Martucci

Publicado em 6 de novembro de 2020 às 19h36.

Última atualização em 6 de novembro de 2020 às 21h50.

A polarização nas eleições americanas é permanente, e facilitada por um fato singelo. Ali só dois partidos disputam o poder. É como se todas as eleições fossem um segundo turno. Há situações de candidatos independentes, e mesmo de certo partido lançar mais de um candidato. Mas são residuais, e vão para um segundo turno quando ninguém alcança metade mais um.

Joe Biden é um candidato dito moderado, apoiado por uma ampla aliança que vai do dito liberalismo progressista (ou progressismo liberal, conforme a vontade do freguês) a uma esquerda de raiz. Igualmente do outro lado. Donald Trump é apoiado por uma ampla gama que vai da direita que não se envergonha de si mesma a um conservadorismo mais liberal (ou um liberalismo mais conservador).

A isso misturam-se recortes de classe, ideologia, gênero e raça. Além da condução errática e desastrosa da covid, Trump poderá debitar suas dificuldades eleitorais à condução que deu na trágica morte de George Floyd. Acessoriamente, os resultados no Arizona certamente refletem seu tratamento desrespeitoso a John McCain. Tudo que vai volta.

*Analista político da FSB Comunicação

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