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Uso de máscaras segue sendo a maior proteção contra novas variantes

A vacina não garante 100% de imunidade, por isso o uso correto de máscaras adequadas é capaz de conter (e muito) a propagação do coronavírus

Mais de 90% da população adulta já tomou pelo menos a primeira dose (Ricardo Wolffenbuttel/Governo de SC/Agência Brasil)

Mais de 90% da população adulta já tomou pelo menos a primeira dose (Ricardo Wolffenbuttel/Governo de SC/Agência Brasil)

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Publicado em 6 de dezembro de 2021 às 16h47.

Por Marcelo Tokarski*

Há 20 meses, convivemos com a pandemia de coronavírus. Nesse tempo, aprendemos muitas coisas sobre a covid-19, doença que já matou mais de 615 mil pessoas só no Brasil — quase 5,3 milhões em todo o mundo. O principal aprendizado é que o melhor a se fazer é proteger-se contra o vírus. E isso continua valendo hoje, ainda mais diante da variante ômicron, que se espalha por diversos países sem que ainda se saiba se ela é ou não mais perigosa que suas cepas antecedentes.

Essa proteção pode ser feita de maneira até certo ponto simples. A primeira e mais importante delas é se vacinar. A vacina, se não blinda nosso corpo contra o coronavírus, protege em larga escala e, no mínimo, reduz muito o risco de complicações, internações e morte. A sorte é que, no Brasil, a esmagadora maioria da população aderiu à vacinação. Mais de 90% da população adulta já tomou pelo menos a primeira dose. E dois terços da população já recebeu as duas doses, a dose única ou até mesmo a terceira dose.

Mas, como dito acima, a vacina não garante 100% de imunidade. É aí que entra a segunda medida capaz de conter (e muito) a propagação do coronavírus. O uso correto de máscaras adequadas. Esse recurso vem aos poucos sendo deixado de lado por boa parte da população, mas um estudo recente do Instituto Max Planck, da Alemanha, comprova mais uma vez a importância do uso de máscara.

De acordo com o levantamento, máscaras do tipo PFF2 (que inclui a N95, a KN95 e as P2) reduzem em quase 100% o risco de contaminação. Esse tipo de máscara protege 75 vezes mais do que as máscaras cirúrgicas e ainda mais do que as de tecido, muito usadas no Brasil — vale lembrar que as cirúrgicas já reduzem o risco em até 90%.

O inverso é verdadeiro. Se um indivíduo saudável ficar três minutos em um ambiente fechado com alguém doente — ambos sem máscara —, mesmo a uma distância de três metros um do outro a probabilidade de ocorrer a transmissão do coronavírus é de 90%.

Ou seja, depois de se vacinar — coisa que nove em cada dez brasileiros adultos acertadamente optaram por fazer —, o melhor a se fazer continua sendo usar máscara em locais fechados, mas também em locais abertos quando se está perto de outras pessoas. Com a imunidade vacinal e a proteção da máscara, as chances de pegar covid-19 caem drasticamente.

Ômicron

Apesar de a chegada da nova variante ômicron já ter sido confirmada por aqui, as estatísticas da pandemia no Brasil seguem controladas. A média móvel de novos casos registrados está estável há duas semanas, tendo chegado a 8.884 novos casos neste domingo. Já a média de mortes está mais ou menos estável há cerca de um mês (hoje em 194 óbitos diários, em média).

Caso a ciência confirme que a ômicron não é mais perigosa que as demais variantes, e se as pessoas, vacinadas ou não, continuarem usando máscaras na maior parte das situações, é possível que esses números continuem controlados e o Brasil não registre uma nova forte onda de covid-19. Vamos torcer para que seja assim. A fazer a nossa parte.

*Marcelo Tokarski é sócio-diretor do Instituto FSB Pesquisa e da FSB Inteligência

Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.

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