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Ultraconcentração de vacinas

Números da ONU revelam que dez países concentram 75% das vacinas já aplicadas contra Covid-19 enquanto a imunização não começou em 130 nações

 (Bloomberg/Bloomberg)

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Mariana Martucci

Mariana Martucci

Publicado em 17 de fevereiro de 2021 às 17h53.

Última atualização em 17 de fevereiro de 2021 às 21h17.

Segundo a Organização das Nações Unidas, dez países concentram 75% das vacinas já aplicadas até agora contra a Covid-19. E 130 países ainda não aplicaram vacina nenhuma (leia). Os números foram trazidos por Antônio Guterres, secretário-geral do órgão, e expostos em reunião do Conselho de Segurança.

Ele apelou ainda ao G20, que reúne as principais economias do planeta, para enfrentar essa ultraconcentração. Que apenas ajuda a reforçar uma conclusão óbvia: a dita globalização subordina-se às lógicas nacionais. Segundo as quais, quem pode mais chora menos.

Além disso, tem outra complicação. Os países desenvolvidos vacinarem-se em massa mas deixarem o resto do mundo para trás só vai funcionar bem para eles se fecharem a fronteira a quem vem das nações dos "sem vacina". Ou, pelo menos, se dificultarem a circulação.

Mas mesmo isso não vai ser garantia de nada. Se o SARS-CoV-2 tiver livre trânsito no mundo em desenvolvimento, como bem advertiu Guterres, isso facilitará o surgimento de novas cepas, eventualmente resistentes às vacinas conhecidas.

*Analista político da FSB Comunicação

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