Beleza, tecnologia e comidas e bebidas estão mais bem posicionados no Twitter (Jaap Arriens/NurPhoto/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 25 de maio de 2021 às 18h04.
Última atualização em 25 de maio de 2021 às 18h19.
Por Rizzo Miranda
O Twitter fez uma pesquisa recente — com a Kantar Ibope Media — que traz bons insights para quem habitualmente olha para a plataforma como uma rede de perfil virulento, de “soco+pancada+dedonoolho”, cheia de bots, haters e, no geral, mais frugal e até “digestiva” que as demais. Saindo desse cenário o microblog procurou entender como seus usuários se relacionam com as marcas quando o tema é relevância cultural.
Esse tipo de pesquisa, até pelo recall que eu comentei acima sobre o Twitter, é bem próprio de uma marca que busca ampliar seu posicionamento e desfazer alguns outros que prejudicam seu modelo de negócios. Não sei se foi o caso do Twitter, mas achei bom que eles estejam olhando seu papel no ecossistema digital de relacionamentos por esse ângulo. Se vai reposicioná-los ou não, isso é outra coisa. Mas vai ajudar a tirar muito medo que as marcas ainda têm quando pensam em anunciar ali temendo a conhecida avalanche de ódio que abala com descontrole seu arco reputacional.
Mas, olhando para a pesquisa, é legal ver que eles abordaram o que é relevância cultural para seu público avaliando estas definições: “ditar tendência e ter impacto social relevante”, “ser engajado na sociedade de forma que traga mais conhecimento a todos.”, “que acrescente algo de produtivo na sociedade” e “que sempre está atualizada em todos os assuntos.”
Podemos resumir: só vale ser tendência — e ser relevante cultural — se você, marca, está efetivamente gerando impacto na vida das pessoas. Esse enunciado foi, talvez, o mais “atualizado” com as cicatrizes que a pandemia vem deixando em nossa vida, misturando enormemente nossas dimensões pessoais, relacionais, profissionais e etc. etc.
A pesquisa identifica três gatilhos que influenciam o público do Twitter a comprar: preço e qualidade (47%), reputação da marca (27%) e relevância cultural (26%). O primeiro ponto é um clássico dos negócios e eu tendo, sinceramente, a juntar os dois últimos. Penso que no mundo de hoje a relevância cultural é inexoravelmente parte da reputação que queremos de nossas marcas prediletas.
E quem está à frente dessa conversa e bem posicionado? Os setores de beleza (85%), tecnologia (84%), comidas e bebidas (81%).
Bem, a pesquisa é do Twitter, para o Twitter e com o público do Twitter... mas como somos cross plataforma e consumimos informação em um ciclo complexo e integrado, são questões que podemos olhar e testar: conectar sua marca com relevância cultural é o novo bacana da reputação. O Twitter quer ser seu lugar para isso. Vale testar.
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