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Tropicool, açaí born to be global, quer multiplicar por dez em dois anos

Empresa tem pilar de sustentabilidade, sem plásticos, com extração certificada e projeto de replantio que beneficia famílias da Amazônia

Companhia quer levar frutas nativas da Amazônia para o mundo todo (Bússola/Divulgação)

Companhia quer levar frutas nativas da Amazônia para o mundo todo (Bússola/Divulgação)

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Publicado em 13 de julho de 2021 às 19h42.

Esqueçam o açaí congelado. Para manter o sabor e as propriedades dessa fruta com propriedades antioxidantes e antiinflamatórias e criar uma estratégia de levar o açaí para todo o mundo, o xeique do Qatar “Moe” Al Thani e seu irmão xeique Ahmed Al Thani se juntaram aos empresários brasileiros Caio Nabuco e Maurício Esteves, pesquisaram como transportar o açaí de forma adequada, conseguiram selos halal, kosher e USDA e já conquistaram quatro países com a marca Tropicool.

A marca surgiu com sócios que se conheceram em Harvard e pretendiam criar um negócio “born to be global”, com base em saudabilidade e sustentabilidade. Todo o conceito foi pensado para levar as superfrutas da Amazônia para o mundo, mantendo o sabor original, não congelado e com conceitos ligados a segurança alimentar.

“Investimos no desenvolvimento, contratando uma fábrica no Brasil de embalagem tetrapak, que preserva o açaí orgânico líquido, sem a necessidade de refrigeração. E pensamos em como gerar escala”, diz Maurício Esteves.

A primeira loja foi aberta em Dubai, e, durante a pandemia, ganhou novos formatos — como parcerias para venda dentro de lojas e hotéis (store in store), lojas próprias, franquias – e manteve os quiosques. Agora, com 50 lojas pelo mundo, quer multiplicar por dez o número de pontos de venda e encerrar 2023 com 500 pontos.

No Brasil, a expansão segue o modelo store in store, com parcerias em São Paulo e no Rio de Janeiro com o Hotel Emiliano, o Clube Pinheiros e os aeroportos de Congonhas e Santos Dumont, além de cafés, escolas, academias.  Ainda será inaugurada a primeira loja própria no Brasil, no Itaim, em São Paulo.

Recentemente, a companhia começou a trabalhar produtos com manga e quer agregar outras frutas nos próximos meses. Para o segundo semestre, a previsão é abrir a primeira loja na Austrália.

Sem mistura

Na Tropicool, o açaí é servido puro, sem leite condensado, como é comum no Brasil. A fruta vem de diferentes produtores, todos certificados. A marca não usa produtos de plástico e todo o material respeita o ciclo de reaproveitamento.

No final de junho, “Moe” Al Thani veio ao Brasil para acompanhar o replantio de 1.500 mudas nativas e frutíferas da Amazônia, no município de Mâncio Lima, no Vale do Juruá, no Acre. A ação, intitulada “Faça Florescer Floresta”, é uma parceria com a ONG SOS Amazônia, que planta uma árvore a cada dez litros de açaí comercializados. Desta vez, foram restaurados 1,5 hectares de terra e beneficiadas três famílias locais.

“O açaí, a manga e outras frutas tropicais encontradas com facilidade na Amazônia são consideradas superfrutas por suas propriedades nutritivas. Esse programa é apenas uma retribuição à Amazônia, não apenas pelas frutas, mas por sua riqueza natural e importância para a humanidade”, afirma Nabuco, um dos sócios da Tropicool.

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