Cenário é instável, mas não é possível prever consequências para 2022. (Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Bússola
Publicado em 25 de junho de 2021 às 20h13.
Por Márcio de Freitas*
Quase nada do que se retrata hoje é exatamente o que se verá no momento da eleição do próximo ano. Muitas nuvens estarão diferentes, mas o tempo presente é sujeito a tempestades no final do período. E isso torna instável a posição de cada um dos atores eleitorais que estarão em cena dentro de um ano. 2022 é logo ali.
As denúncias feitas pelos irmãos Miranda, ambos de pré-nome Luís, trazem um ingrediente picante às narrativas momentâneas. Foram recebidas pela oposição como bala de prata, mas isso só saberemos mesmo com o tempo.
Assim como a situação de outros personagens ainda mudará muito ao longo do tempo, porque hoje estão preservados pelo protagonismo estridente do presidente Jair Bolsonaro. Mas o impacto num dos esteiros do discurso do presidente, a honestidade, poderá ser medido nas próximas semanas.
O interessante será notar se o público de Bolsonaro, até agora impermeável, mudará seu comportamento. Até hoje, uma fatia importante dos brasileiros mantém fidelidade canina a Bolsonaro. E não se distancia do apoio, endossando a defesa maior à economia do que o enfrentamento à pandemia, concordando com a política de armar a população e com pautas conservadoras.
A economia continua a emitir sinais de melhoras, apesar da inflação e do risco da crise hídrica afetar o fornecimento de energia. Um apagão poderia ser fatal, mas isso ainda parece ser mais um sonho de uma noite da oposição do que realidade.
*Márcio de Freitas é analista político da FSB Comunicação
Siga a Bússola nas redes: Instagram | Linkedin | Twitter | Facebook | Youtube