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Startup ganha licitação para levar internet para 20 milhões de baixa renda

Empresa vai distribuir planos de dados móveis gratuitos para ampliar conectividade entre a população, especialmente estudantes

Ferramenta gera insights estratégicos sobre mercado (Secretaria Municipal de Educação de São Paulo/Divulgação)

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Publicado em 4 de julho de 2023 às 17h38.

Última atualização em 4 de julho de 2023 às 17h39.

A Dry Telecom – operadora de SMP (Serviço Móvel Pessoal) por meio de Rede Virtual, conhecido no mundo como MVNO (Mobile Virtual Network Operator) –, acaba de celebrar a conquista dos sonhos para muitas empresas, especialmente as de menor porte. A startup venceu a licitação do Governo Federal para distribuir cerca de 700 mil chips gratuitos para estudantes de baixa renda, cadastrados no CadÚnico – Cadastro Único para Programas Sociais do Brasil. Esta é a primeira vez que uma empresa desse porte e segmento vence uma concorrência do tipo no setor de telecomunicação. Antes, o feito só havia sido realizado pelas maiores representantes do segmento no País.

O programa ‘Internet Brasil’ será implantado em fases e deve contemplar, aproximadamente, 20 milhões de estudantes de classes D e E em todos os 27 estados brasileiros. Lançado pela gestão federal anterior, o projeto contava com uma verba inicial superior a R$ 3 bilhões para ser colocado em prática. No contrato assinado pela Dry Telecom, a empresa vencedora fica responsável por 70% da demanda e precisa fornecer 700 mil linhas de dados móveis, divididos em três planos, sendo um básico, de 5 GB, um segundo, intermediário, de 10 GB, e o terceiro,20 GB.

Estima-se que até o final de 2023, a MVNO tenha disponibilizado cerca de 500 mil linhas. A logística de distribuição fica por conta dos órgãos públicos envolvidos na iniciativa. “Quando foi lançado, já existia no planejamento uma segunda fase e a possibilidade de estender o projeto por mais quatro anos. Como houve mudança de Governo, as demais fases ainda estão em alinhamento, mas já se sabe que a nova gestão pretende dar escala e que parte do de um Fundo de Investimento na ordem de R$ 2,7 bilhões será alocada no Internet Brasil, algo que ainda não oficial, mas que nos deixa bastante entusiasmados, uma vez que podem ocorrer novas licitações para isso e a gente reúne grandes chances de vencer novamente”, comenta Ronaldo Yoshida, diretor de novos negócios da Dry Telecom e responsável pela implantação desse contrato.

A conquista merece celebração, pois, segundo a CEO da companhia, Tatiane Perez, dá visibilidade às oportunidades para que outras empresas e empresários possam sonhar com esse patamar e, de fato, um dia alcança-lo. “É a primeira vez que uma MVNO ganha uma licitação de telecomunicação desse porte e, além de ser um marco para história, é um case representativo da potência de atuação da Dry, que hoje investe mais de 100% do seu faturamento em tecnologia e estrutura para operar com qualidade e levar melhores serviços aos brasileiros, que tem seu poder de escolha tolhido, diante da pouca opção de concorrência no mercado dominado por gigantes do setor, entre outros fatores”, comenta.

A executiva ainda completou: “em um futuro próximo, e com o êxito na realização desse projeto, esperamos estar mais próximos de um breakeven, e alocar cerca de 30% da nossa receita com investimentos em P&D, aumentando nossa margem de lucro. Hoje, apesar da relevância desse contrato, nossas margens estão perto de zero, pois o intuito maior era ter esse case no portfólio, ser referência para o setor e, só por último, ter retorno financeiro confortável”.

Recentemente, a Dry Telecom anunciou ao mercado que, no ano em que completa 4 anos de existência, aposta firme nas boas perspectivas globais do setor, que prevê crescimento anual de 6,75% até 2026, segundo dados da Anatel, para conquistar 1 milhão de clientes e garantir um faturamento de R$40 milhões em 2023, resultado quatro vezes maior do que o registrado no ano passado.

A CEO conta ainda que, além de quadruplicar o faturamento de 2023, o planejamento dos próximos 3 anos contempla ações de positivação e informação para o consumidor por meio de suas bases iniciais e nichos atrelados as redes sociais e a intenção de oferecer pagamentos de royalty aos clubes de futebol que atrelarem suas marcas à Dry Telecom.

“A Dry resolve uma dor dos consumidores que está relacionada aos atendimentos não personalizados das grandes operadoras, uma das principais reclamações do público. Além disso, uma MVNO consegue atuar de forma acessível financeiramente - entre os diferenciais, e assim, oferecer planos customizados mais adequados às necessidades dos usuários de menor poder aquisitivo. Isso com atendimento premium, repleto de benefícios”, finaliza Tatiane.

Hoje, com aproximadamente R$ 18 milhões investidos na operação desde sua fundação até dezembro de 2022, a mobiletech conta com 32 operadoras de telefonia licenciadas e um portfólio de 25 produtos, sendo 13 ligados a times de futebol brasileiros, mais 4 relacionados às escolas de samba cariocas, 5 de empresas privadas, 2 de projetos sociais e 1 da personalidade Larissa Manoela.

Entre o catálogo de serviços, planos acessíveis, entre R$25 e R$75, sem vínculo de fidelidade -  garantindo liberdade para que o cliente atue no comando da sua operação e necessidade, clube de benefícios, pacotes de internet com gigas que se acumulam e bônus, além de uso de apps ilimitados, como Waze e Whatsapp, sem descontar da franquia, atendimento 24 horas e excelência em sinal em qualquer região do Brasil, outra vantagem particular das MVNOs, já que trabalham com estruturas de diferentes operadoras já existentes. 

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