A Stark passa a ter acesso a um mercado maior, ampliando sua base de clientes e diversidade de produtos financeiros (Bússola/Reprodução)
Bússola
Publicado em 21 de janeiro de 2022 às 17h40.
Última atualização em 24 de janeiro de 2022 às 21h38.
A Stark, Investment Banking (IB) Digital focado em médias empresas e startups do Brasil, acaba de anunciar a aquisição da Capitalz, fintech de crédito especializada em empresas de médio porte. A aquisição vai permitir que a Stark amplie seu portfólio de produtos, levando a esse público soluções até então limitadas ao universo das grandes companhias.
Segundo o CEO João Vitor Carminatti, a Stark já possuía uma participação societária na Capitalz, que acabou se especializando em operações de crédito estruturado, transações com as quais a Stark ainda não atuava.
“Ao alcançarmos o market fit com nosso produto, focado em M&A, preparamos nossa tecnologia para plugar novos produtos para serem distribuídos por nossos agentes”, afirma Carminatti.
Com a aquisição, a Stark passará a ter acesso a um mercado maior, ampliando sua base de clientes e diversidade de produtos financeiros, pois, além de M&A, irá oferecer soluções de crédito e operações estruturadas, tais como: CRI, CRA, Sale Leaseback, Venture Debt, entre outras, fornecendo assim acesso a todos os tipos de investidores e transações do mercado financeiro.
Essa diversidade de operações pode ser a esperança para quem acaba de sair de uma recuperação judicial ou deseja reperfilar seu endividamento de curto prazo e ainda encontra-se refém das soluções tradicionais dos bancos de varejo.
Economistas e egressos da Universidade Federal de Santa Catarina, Carminatti e Vieira perceberam que o sistema financeiro tradicional fecha suas portas no momento em que o empresário mais precisa. Na visão de ambos, não importa se você tem bons recebíveis, ativos para dar em garantia ou um bom projeto, basta você ter uma restrição cadastral e parece que o mundo acaba.
“O mercado de crédito é hoje pelo menos 20 vezes maior que o de M&A. É comum um empresário fazer dez operações de crédito e vender sua empresa apenas uma vez ao longo de sua jornada”, afirma Carminatti.
Segundo ele, a Capitalz possui uma base de mais de mil investidores. São fundos de investimento, fintechs, family offices, bancos, gestoras e private banks, além dos fundos de direitos creditórios, os chamados FIDCs, que estão buscando boas oportunidades de investimento em empresas de médio porte.
Com a aquisição, ainda para o CEO, a Investment Banking conecta as empresas diretamente ao mercado de capitais e viabiliza operações em maior valor, com melhores prazos e menores custos.
Da Caixa para o mercado de capitais
Fundador da Capitalz, Bruno dos Santos Vieira era funcionário da Caixa Econômica Federal, em Florianópolis. Em 2015, decidiu sair do emprego para seguir carreira solo no mercado financeiro. Foi quando criou a empresa e também conheceu João Vitor Carminatti, que passava por um momento parecido.
“Eu atendi um cliente que queria fazer M&A e percebi que era um mercado muito incipiente. Dois meses depois fui a uma palestra do Gualtiero Schlichting [CBO da Stark e diretor da Stark Academy] e percebi que estava diante das pessoas e da empresa certas. Ficamos dois anos interagindo, trocando leads, aí percebemos que não fazia mais sentido manter as operações separadas”, conta Vieira.
Na nova configuração, Vieira passa a ter uma posição relevante na sociedade, por meio da conversão de suas ações na Capitalz em ações da Stark. “O objetivo é tornar a Stark o principal hub para a acesso a capital no Brasil, independentemente se a necessidade do empresário for crédito, sócio-investidor ou vender a empresa.
A aquisição permite ampliar o time, ter mais tecnologia, uma base de dados maior e acesso facilitado a todos os tipos de investidores do mercado financeiro”, destaca.
Histórico
Em 2021, a Stark e a Capitalz já concluíram 11 operações de M&A, Fundraising e Crédito que, somadas, atingem mais de R$ 283 milhões em volume de transações. Juntas, elas iniciam o ano com 54 mandatos ativos que representam R$3 bilhões em negociação. Um potencial dez vezes maior do que o performado no ano passado. Em 2021, a STARK dobrou sua receita em relação a 2020 e a expectativa é chegar a um faturamento de R$ 26 milhões neste ano.
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