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Ser ágil não é ser rápido, mas como desatar esse nó?

Com as mudanças acontecendo com mais frequência no mundo, precisamos ser velozes; mas será que isso é possível?

Agilidade ajuda a responder às mudanças com rapidez e menor custo (oatawa/Thinkstock)

Agilidade ajuda a responder às mudanças com rapidez e menor custo (oatawa/Thinkstock)

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Publicado em 8 de dezembro de 2021 às 17h00.

Última atualização em 8 de dezembro de 2021 às 17h35.

Por Nivaldo Santos*

O que são métodos ágeis? Os métodos ágeis apareceram como alternativa à gestão de projetos waterfall, ou também conhecido como cascata para desenvolvimento de software.

Eles surgiram inicialmente para esta função, e hoje já abrangem várias áreas de uma organização.

Seu objetivo é gerenciar projetos e produtos de forma que as análises e adaptações a mudanças sejam realizadas de acordo com a necessidade do negócio, o que proporciona que a execução e o planejamento sejam feitos em paralelo, assim eliminando desperdício de tempo.

É uma filosofia que tem auto-organização, comunicação e trabalho em equipe, focando no cliente e geração de valor.

Ser ágil não é ser rápido

Assim que ouvimos a palavra “ágil”, logo associamos à rapidez, e somos questionados: “ah, então irão desenvolver mais rápido?”. E lá vem a falsa conclusão de muitos: “hora de fazer muito mais com menos”.

Então quer dizer que o desenvolvedor irá codificar mais rápido e vamos aumentar a produtividade individual do time com o estalar dos dedos? Sinto te dizer, mas não é isso!

Ser ágil não tem a ver com rapidez, e sim ser mais adaptável para responder às mudanças. E como sabemos que o ágil se adapta às mudanças? Entregando o produto mais rápido.

Pronto! Está criado o nó na cabeça: então ágil é ser rápido?

Não! Quando falo de entrega rápida me refiro às entregas de partes do todo, que agreguem algum valor ao cliente, e isso faz com que ele possa atestar se estamos no caminho certo ou torna-se necessário que alguma mudança seja feita ao longo do percurso.

Desta forma, pode-se dizer que agilidade está atrelada ao menor tempo de resposta às mudanças solicitadas pelos clientes.

Isso não quer dizer que um projeto que você demoraria para entregar em um ano com gerenciamento tradicional será entregue em três meses com ágil, mas o valor gerado para o cliente com as entregas incrementais, trará maior satisfação e retorno para o negócio do que uma entrega única no final, correndo um sério risco de o projeto não ter mais valor no mercado e estar ultrapassado.

O ágil não é uma fórmula mágica e não irá acabar com todos os problemas, pois as incertezas e complexidades sempre existirão.

Na verdade, o conceito de agilidade nos ajuda, conforme mencionado anteriormente, a responder às mudanças com rapidez e menor custo. E esses frutos são colhidos conforme a maturidade que o time vai ganhando ao longo do tempo com as interações e harmonia entre todos.

E para quem está começando com a agilidade agora e ainda faz essa associação de agilidade com velocidade, faça o seguinte: vá até o Manifesto Ágil, busque pelas palavras “velocidade” e “rápido” e verifique se retorna alguma coisa.

Adianto, você não encontrará.

*Nivaldo Santos é agilista da Jüssi

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