(Kilito Chan/Getty Images)
Mariana Martucci
Publicado em 16 de março de 2021 às 19h20.
Última atualização em 16 de março de 2021 às 19h38.
Entre as inúmeras mudanças que a expansão do trabalho remoto trouxe às lideranças está a capacidade de avaliar as soft skills em seus times. Se no modelo presencial era possível observar comportamento, interação e capacidade de colaboração, nos modelos remoto ou híbrido novos aspectos passaram a ser considerados — inclusive nos processos de onboarding.
Um mapeamento da Harvard Business Review aponta que a realidade virtual (VR) se tornou uma aliada das lideranças. A solução de tecnologia tem apoiado empresas tanto em capacitação como em avaliação. A tecnologia permite viver experiências imersivas e interativas.
Os profissionais podem, por exemplo, simular conversas difíceis e melhorar as habilidades de comunicação, assim como realizar treinamentos. Os gestores, por outro lado, podem avaliar candidatos durante um processo de recrutamento, e a empresa ainda pode oferecer cursos para capacitar times, além de investir em ações de employer branding.
Ao contrário das soluções de e-learning tradicionais, as ferramentas de realidade virtual podem proporcionar aos colaboradores uma experiência verdadeiramente imersiva.
Por exemplo, ao colocar um headset de realidade virtual, frequentemente conectado a um celular ou computador, o colaborador interage com avatares projetados para imitar clientes, colegas de equipe, investidores, parceiros de negócios ou outras partes interessadas importantes.
Enquanto as ferramentas educacionais tradicionais às vezes parecem monótonas ou despertam pouca atenção, o treinamento envolvente com VR cria experiências impactantes e altamente memoráveis — sem o risco das consequências no mundo real.
Outra vantagem da realidade virtual é a redução de custos e obstáculos logísticos associados ao treinamento presencial tradicional. Muitos colaboradores já têm acesso a dispositivos móveis ou desktop em suas casas. Os cursos e treinamentos em VR costumam ser mais envolventes, portanto, mais rápidos (além de baratos) de serem concluídos do que outras modalidades. ㅤ
Um estudo da PwC de 2020 sugeriu que, em escala, a VR pode ser muito mais econômica do que as opções tradicionais de treinamento de habilidades sociais.
Segundo o mesmo estudo, os colaboradores observados concluíram os treinamentos em VR até quatro vezes mais rápido do que nos presenciais, e 1,5 vez mais rápido do que nos programas de e-learning sem realidade virtual.
Isto porque a experiência imersiva tornou mais fácil para os alunos manterem o foco. A análise também mostra que os pesquisados que concluíram o treinamento em VR se sentiram quase quatro vezes mais ligados emocionalmente ao conteúdo do que os alunos em sala de aula, e duas vezes mais conectados que os e-formandos.
Fato é que o potencial da realidade virtual pode proporcionar muitos ganhos para a cultura de aprendizado. A educação com a participação da VR é essencial para ajudar colaboradores a cultivar habilidades valiosas, evoluírem em seus planos de carreiras e gerar bons resultados para as empresas.
*Rawlinson Terrabuio é co-founder e CEO da Beetools, edtech focada no ensino de inglês com uso de realidade virtual e inteligência artificial
Siga Bússola nas redes: Instagram | Linkedin | Twitter | Facebook | Youtube