Clubhouse (Florian Gaertner/Photothek/Getty Images)
Mariana Martucci
Publicado em 9 de fevereiro de 2021 às 20h37.
Última atualização em 10 de fevereiro de 2021 às 11h14.
O brasileiro é conhecido como um dos povos com maior tendência a ser rápido adotante de novas tecnologias sociais. Somos “early adopters” seriais. Estamos sempre no ranking de maior tempo de navegação na web, temos os maiores influenciadores do Youtube. Fizemos a live musical com maior número de visualizações no Youtube: Marilia Mendonça com impressionantes 3,31 milhões de acessos simultâneos. Não seria diferente com o que acontece nas duas recentes semanas com o Clubhouse, o novo querido dos conectados.
A rede social baseada em aúdio não é tão nova. Foi criada no início de 2020, passou sem alardes por este quase primeiro ano da pandemia e ganhou notoriedade pela voz de Elon Musk, o homem da Tesla e da Space X. Musk entrou numa sala do app e começou um animado papo com Vlad Tenev, presidente-executivo do aplicativo de investimentos Robinhood.
Musk, entre outras coisas, mexeu não apenas com a popularidade do Clubhouse mas também com os nervos do mercado financeiro. Sua especialidade. Ele disse que o bitcoin estaria "prestes" a ser mais amplamente aceito entre os investidores, colocando um voto enorme de apoio à criptomoeda. Isso foi no dia 1º de fevereiro. E vale lembrar que hoje (09/02) você pode ler nas manchetes da mídia que ele (a Tesla) acaba de comprar US$ 1,5 bilhão da criptomoeda . E ela disparou 15%, chegando a US$ 44 mil. E Musk ainda disse que a empresa passará a aceitar bitcoin para compras de seus veículos. A conversa no Clubhouse foi então um teaser para mais um salto gigantesco dos negócios que Elon Musk pilota.
Mas voltando para o Clubhouse e o nosso primeiro parágrafo: os brasileiros invadiram o app. Para se ter uma ideia, as buscas no Brasil por “Clubhouse” cresceram 525% entre 30 de janeiro e 6 de fevereiro, na comparação com a semana anterior, e ultrapassou o TikTok no interesse de buscas no mês de fevereiro.
Muitas marcas já se perguntam o que dá para fazer. Já temos aí o exemplo do Elon Musk. E poderíamos lembrar também que Silvio Meira, cientista chefe da TDS Company, diz que as plataformas sociais sempre estarão nesse movimento de aparecer e sumir. Essa é a dinâmica das “social machines”. E, na verdade, não importa muito saber logo que uma delas aparece o que podemos fazer com ela ou não. O mais importante é que estaremos lá porque o principal está feito: estamos mais que habituados e treinados (por elas) com essa intensa socialização.
Então vale experimentar sim. E, para que o caminho do aprendizado fique mais curto, nosso time montou um paper bem bacana. Um guia que conta tudo o que é o Clubhouse, quem usa, como estar lá e como usufruir já agora dessa rede que aposta nas conversas. É como nos velhos (?) tempos quando falávamos por celular. Ou na mesa de bar. Só que agora com essa dimensão comunitária global e por voz. Clique aqui e baixe o paper!
*Sócios-diretores da FSB Comunicação
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