(Agustin Marcarian/Reuters)
André Martins
Publicado em 6 de abril de 2021 às 17h43.
Última atualização em 6 de abril de 2021 às 17h43.
O presidente do Banco Central participou de um evento pela internet e opinou que o ritmo da reabertura econômica vai seguir o andar da vacinação. Não chega a ser novidade. Mas oferece a chance para discutir, afinal, o que deveria ter sido feito de diferente para que tivéssemos hoje mais vacinas disponíveis.
A vacinação no Brasil vai razoavelmente. Em valores absolutos, estamos entre os cinco que mais vacinam. Proporcionalmente à população, temos estado melhor que os colegas de Brics e outros grandes da América Latina. Um bom lugar para olhar os números é o serviço do britânico Financial Times.
O governo brasileiro apostou inicialmente tudo em uma única vacina: a Oxford/AstraZeneca. O fato é que se não fosse o acordo do Butantan com a chinesa Sinovac ainda estaríamos engatinhando. Melhor teria sido apostar em todas, para reduzir o risco.
Mas vamos lembrar também que, quando a Rússia divulgou ter registrado a pioneira Sputnik V, aqui o coro foi de desconfiança. Em vez de exigir do governo que buscasse um acordo com os russos, muitos dos hoje críticos do ritmo da vacinação preferiram fazer coro ao #mimimi contra o imunizante do Gamaleya.
Ontem deu-se um passo importante para superar os obstáculos que ainda impedem o uso da Sputnik V aqui no Brasil. Os presidentes do Brasil e da Rússia conversaram sobre o tema. Que a solução venha rápido.
* Alon Feuerwerker é analista político da FSB Comunicação
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