Nível de congestionamento global só aumenta. (xavierarnau/Getty Images)
Julia Storch
Publicado em 16 de julho de 2022 às 13h46.
Cem anos atrás, precisamente em 5 de maio de 1922, pela primeira vez um automóvel – um Ford modelo T – foi equipado com um rádio. Hoje, é praticamente impensável dirigir sem a companhia musical (ou de notícia), ainda mais em Istambul.
Istambul? É a cidade com mais tráfego do mundo, segundo o Traffic Index, levantamento anual da empresa Tom Tom (aquela que ficou famosa pelo sistema de navegação para automóveis, o famoso GPS). Em 2021, os motoristas da capital da Turquia perderam, em média, 142 horas no trânsito. Em segundo lugar veio Moscou, com 140 horas no ano.
Na América, Bogotá é a pior cidade (em quarto no ranking mundial), com 126 horas. A cidade brasileira com pior trânsito é Recife, com 92 horas, seguida por Rio de Janeiro (82 horas) e São Paulo (71 horas).
O estudo mostra que o nível de congestionamento global mudou e aumentou ligeiramente em relação a 2020, mas no geral permaneceu baixo. Na comparação com 2019, ainda ficou muito aquém. Das 404 cidades pesquisadas,70 superaram os benchmarks de 2019 – nelas, o tráfego está mais ou menos de volta ao normal.
Em Recife, Rio e São Paulo, em 2021, ainda havia muito carro faltando nas ruas. É claro que já estamos em 2022, com a pandemia da covid-19 arrefecida, as escolas de volta e o trabalho presencial retornando. Quem dirige sabe que o tráfego piorou. Porém, piorou para todos. E é interessante saber que os motoristas de São Paulo, por exemplo, têm menos a reclamar do que os de Recife. Aliás, de nove capitais brasileiras pesquisadas, Brasília ficou com o melhor trânsito (34 horas por ano), seguida de Curitiba (55 horas).
Voltando a 1922, o mérito de implantar um rádio no carro foi de George Frost, então um jovem estudante de 18 anos e presidente de um radioclube. Nos seus primórdios, o rádio ocupava tanto espaço que, se o automóvel tivesse dois bancos, o de trás seria tomado pelo rádio e sua antena.
Atualmente, o telefone celular diversas vezes substitui o rádio, mas ainda há muito espaço para a invenção de 100 anos atrás.
*Danilo Vicente é sócio-diretor da Loures Comunicação
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