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Projeto prevê coletar 700 litros de óleo de cozinha para descarte correto

Abiove, Apas e Fecomercio assinam novo termo de compromisso que prevê coleta e descarte correto para o material, visando o bem-estar da população

Depois de reciclado, o óleo vegetal serve como matéria-prima para a produção de biodiesel, produtos de higiene, tintas e até ração animal. (Albert Gea/Reuters)

Depois de reciclado, o óleo vegetal serve como matéria-prima para a produção de biodiesel, produtos de higiene, tintas e até ração animal. (Albert Gea/Reuters)

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Publicado em 13 de outubro de 2021 às 16h39.

Última atualização em 13 de outubro de 2021 às 17h41.

De acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), o consumo anual do produto ultrapassa a casa dos três bilhões de litros. Pensando nisso, o setor trabalha em projetos que têm como objetivo conscientizar a sociedade sobre a importância da separação e descarte correto do óleo usado e os benefícios da sua reciclagem para o meio ambiente e o bem-estar da população. É o caso do Programa Óleo Sustentável, promovido pela Abiove e o Sindicato da Indústria de Óleos Vegetais — Sindoleo, desde 2012.

“Todo o óleo coletado, que é entregue voluntariamente pelos consumidores nos pontos de entrega, é levado para cooperativas de catadores e indústrias de reciclagem, sendo destinado para produção de biodiesel e como insumo para a fabricação de tintas, vernizes, sabão biodegradável, ração animal, dentre outros. Desta maneira, os impactos ambientais do descarte irregular do óleo são mitigados e o óleo se torna um resíduo de alto valor, gerando empregos e contribuindo para a renda de diversas famílias”, afirma Cindy Moreira, coordenadora de sustentabilidade da Abiove.

Com o objetivo de expandir a conscientização do correto descarte de óleo no estado de São Paulo, no final de 2020, a Abiove, o Sindoleo, a Apas — Associação Paulista de Supermercados e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) assinaram com a Cetesb e a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo-Sima um novo Termo de Compromisso para a Logística Reversa de Óleo Comestível, no qual constam metas anuais de recolhimento e destinação do resíduo, instalação de pontos de entrega voluntária, distribuição geográfica das ações no estado, além de iniciativas de educação ambiental e comunicação.

A meta para este ano é coletar 700 mil litros e chegar a um milhão em 2024.

Para o presidente do Comitê de Sustentabilidade da Apas, Paulo Pompílio, a adesão dos supermercados é fundamental para a ampliação dos pontos de entrega e também para a estratégia de divulgação de ações que visam conscientizar os consumidores.

“O setor supermercadista contribui na cadeia de logística reversa como ponto de contato com o consumidor, tendo a responsabilidade de comunicar, sensibilizar e disponibilizar as áreas para instalação dos coletores, contribuindo para o sucesso da destinação dos resíduos de interesse ambiental”, diz.

No contexto do comércio varejista e atacadista, José Goldemberg, presidente do Conselho de Sustentabilidade da FecomercioSP, entende que o programa de logística reversa do óleo deve ser visto como uma oportunidade para o comércio e toda a cadeia produtiva fomentar a economia circular e as boas práticas ambientais.

“É essencial que as empresas do varejo e do atacado façam parte desse sistema, não apenas para cumprir com a responsabilidade compartilhada e encadeada a partir da logística reversa, mas também para garantir a destinação ambientalmente adequada dos resíduos, a partir dos princípios de sustentabilidade, hoje essenciais a todas atividades e negócios. Além de cumprir com a lei e contribuir para manter o meio ambiente em equilíbrio, tais práticas são uma oportunidade de conscientizar os consumidores e oferecer opções adequadas de descarte de resíduos e, assim, ofertar mais um serviço para os clientes”, declara Goldemberg.

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