Desde 2015, o Porto Sudeste mensura as emissões de GEE para controles internos, e para nortear os investimentos em tecnologia e otimização de processos para reduzir as emissões. (Jorg Greuel/Getty Images)
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Publicado em 19 de dezembro de 2023 às 13h00.
Após recente intensificação das mudanças climáticas e realização de eventos globais como a COP28, ficou clara a urgência na descoberta de soluções para conter o aquecimento global. Frente a este cenário, empresas de diferentes setores da economia apresentam soluções em sua maioria baseadas na descarbonização e promoção da transição energética.
No setor portuário, uma estratégia ESG de destaque pode ser encontrada no Porto Sudeste, que recentemente anunciou suas metas de redução de Gases de Efeito Estufa (GEE). O objetivo é reduzir mais de 50% das emissões em até 10 anos, tendo como base os dados de 2021.
“Realizar o Estudo de Risco Climático e anunciar nossa meta de redução de emissão de GEE é um grande avanço para o setor. Nós, do Porto Sudeste, entendemos que a estratégia ESG é o centro do plano de negócios do nosso terminal, que já considera tanto os riscos climáticos como os operacionais”, explica Ulisses Oliveira, diretor de assuntos corporativos e sustentabilidade do Porto Sudeste.
Ao estabelecer o futuro de uma meta baseada na ciência, atendendo aos critérios do SBTi (Scienced Based Target initiatives), o Porto Sudeste vem avançando no mapeamento e inclusão dos escopos 1 e 2 na sua estratégia climática por meio de projetos que incluem a substituição do uso da gasolina por etanol, a utilização de energia certificada, provenientes de fontes limpas, a troca das condensadoras dos aparelhos de ar-condicionado, reduzindo vazamento de gases refrigerantes, a utilização de energia fotovoltaica e o processo de automatização de equipamentos para reduzir o tempo de permanência do maquinário no terminal.
O Porto Sudeste é o primeiro a contratar a ferramenta da Rightship, que mensura emissões de GEE do escopo 3, ação inédita entre os Terminais Portuários do País. A somatória desses fatos: anúncio das metas + implementação de novas ações para os escopos 1 e 2 + monitoramento do escopo 3 + suporte de dados trazidos pelo Relatório de Sustentabilidade, em modelo GRI, demonstram o compromisso da empresa com o meio ambiente, as pessoas e uma governança cada vez mais eficiente e transparente.
“A redução de emissões no escopo 3 é um desafio imenso para a maioria das indústrias e, para nós, não é diferente. Usar a tecnologia da Rightship (Maritime Emission Portal – MEP) para calcular as emissões dos navios que atracam no Porto (escopo 3) nos traz um diferencial, pois nos permitirá gerenciar e identificar oportunidades de redução do impacto ambiental por meio do screening de escopo 3 e de um plano de engajamento de fornecedores”, completa Ulisses.
Desde 2015, o Porto Sudeste mensura as emissões de GEE para controles internos, e para nortear os investimentos em tecnologia e otimização de processos para reduzir as emissões.
Em 2023, o Porto Sudeste divulgou, por meio do Registro Público de Emissões, o inventário completo de Gases de Efeito Estufa (GEE), recebendo o Selo Prata do Programa Brasileiro GHG Protocol. Entre as boas práticas já implementadas no terminal estão a utilização de equipamentos 100% elétricos, eliminando a necessidade de utilizar combustíveis fósseis.
A reutilização de 90% da água proveniente da captação da chuva e de tratamento de efluentes em processos industriais e uma porcentagem alta (96%) de reciclagem de todos os resíduos gerados na planta, chegando a um volume total de mais de 26 toneladas de resíduos orgânicos transformados em adubo. Só com a compostagem, a empresa evitou a emissão de mais de 23 toneladas de dióxido de carbono na atmosfera.
A migração do RS para o modelo GRI funciona, para o Porto Sudeste como uma ferramenta atrelada à governança, apresentando os dados de 2022 e criando um guia para a estratégia organizacional da empresa. A agenda ESG = Materialidade, Engajamento de Stakeholders e Priorização de ODS são o foco da atuação do Porto
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