Segundo o CEO Marco Oliveira, o principal atrativo está na acessibilidade que a região proporciona (Bússola/Reprodução)
Repórter Bússola
Publicado em 3 de maio de 2024 às 07h00.
O nome é autoexplicativo. O atacarejo é um modelo de negócio do setor supermercadista que une os preços baixos e grandes quantidades do atacado com a experiência de compra do varejo.
E ele tem caído cada vez mais no gosto popular. Segundo pesquisa recente da Horus Inteligência de Mercado, em 2023 a média do número de itens adquiridos por consumidores do atacarejo cresceu cerca de 69%.
No mesmo ano, o modelo foi responsável por 47,3% da receita total do setor supermercadista – que alcançou R$ 695,7 bilhões – segundo a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS).
Neste crescimento orgânico, o Nordeste do país se destaca com o atacarejo ocupando mais de 60% da participação no setor, segundo a Associação Brasileira dos Atacarejos (ABRAAS). É neste detalhe que a rede atacadista Atacadão encontra o principal foco da sua estratégia de expansão: o estado da Bahia.
A subsidiária do Grupo Carrefour está no topo do ranking dos atacarejos brasileiros, possuindo um faturamento de R$ 79,1 bilhões em 2023, com um total de mais de 360 lojas.
Segundo o CEO da rede, Marco Oliveira, das 15 unidades abertas em todo o país em 2023, seis estão localizadas na Bahia.
Entre 2022 e 2023, a rede inaugurou 11 novas lojas no estado, indo de 21 para 32 – um aumento de 57%.
Para o executivo, a praça é estratégica devido a fatores como a densidade da população e o crescimento econômico, mas o principal atrativo está na acessibilidade que a região proporciona.
“A localização geográfica privilegiada, como uma ponte entre o Norte e o Nordeste do Brasil, e acesso aos mercados da região Centro-Oeste, são aspectos chamativos para expandirmos nossa marca no estado com novas lojas e centros de distribuição”, detalha Marco.
Segundo ele, a posição geográfica e o acesso a importantes rodovias facilitam e deixam mais barato o transporte de mercadorias e otimizam os sistemas de distribuição.
Marco também destaca a oportunidade de negócio com parceiros regionais: “Na Bahia o Atacadão compra produtos de empreendedores locais de diversos municípios do estado, entre eles: Camaçari, Lauro de Freitas, Alagoinhas e Feira de Santana, e os disponibiliza em suas lojas para seus clientes".
Ele afirma que cerca de 80% dos produtos vendidos são negociados regionalmente e 20% deles são produtos de marcas locais.
Em 2024, o Atacadão continuará com o processo, abrindo entre 10 e 12 lojas em todo o país. Segundo o CEO, a Bahia continua como foco da expansão.
“Chegamos ao estado em 2002, temos 33 unidades e 3 centros de distribuição. Somente na capital, temos 13 lojas. Já geramos mais de 10 mil empregos nestes 22 anos em que estamos presentes na Bahia, e seguiremos abrindo mais oportunidades para a população baiana com a nossa expansão na região”, conclui.
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