O Open Finance no Brasil é regido por rigorosos pilares de segurança (Prostock-Studio/Getty Images)
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Publicado em 25 de junho de 2024 às 09h00.
Começa hoje a 34ª edição do Febraban Tech, maior evento de tecnologia e inovação no setor financeiro. O congresso vai até o dia 27 e contará com a participação dos principais players do setor.
O Open Finance é um dos assuntos mais aguardados nas discussões e nos painéis. Segundo a organizadora do evento, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), suas instituições já investiram mais de R$ 2 bilhões no projeto.
O modelo é chave no impulsionamento do mercado financeiro brasileiro, mas pesquisa recente, realizada pela BRQ Digital Solutions em parceria com a SNAQ, aponta para gargalos consideráveis, com apenas 85,4% dos brasileiros aderindo ao sistema.
O Open Finance é um sistema que permite que as instituições, com o consentimento dos seus clientes, compartilhem entre si as informações dos usuários.
A comunicação estabelecida e a transparência de informações permite maior celeridade nas negociações entre instituições e com empresas. O sistema facilita o acesso dos clientes a diferentes tipos de crédito.
Entre janeiro e setembro de 2023, o número total de consentimentos ativos de usuários para o compartilhamento de dados cresceu 93%, ultrapassando 40 milhões, dos quais 70% são de pessoas físicas, segundo a Febraban e o Bacen.
No entanto, a taxa de renovação desses consentimentos é de 10%, destacando um desafio significativo para o futuro do Open Finance no Brasil.
Segundo o relatório da BRQ, a falta de conhecimento é apontada como o principal motivo para a baixa adesão, com 35,3% dos entrevistados indicando que não conhecem o tema e não buscaram informações.
O Open Finance no Brasil é regido por rigorosos pilares de segurança, garantindo que os dados dos clientes sejam protegidos de acordo com a LGPD e demais regulações pertinentes.
Luciano Nunes, diretor estratégico de Digital Evolution da BRQ, explica que as práticas regulatórias têm o foco em segurança, privacidade e interação/operação entre instituições.
“Isso acaba moldando o Open Finance. Sobre o que está por vir, podemos esperar que essas regulamentações abranjam mais serviços e informações, o que irá expandir o alcance e profundidade do Open Finance”, conclui.
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