(Bússola/Reprodução)
Bússola
Publicado em 6 de março de 2021 às 09h20.
Última atualização em 3 de novembro de 2022 às 19h10.
O novo episódio do Podcast A+ debate o pior momento da Covid-19 no Brasil. Esta semana, que se encerra, é a mais letal no país desde o início da pandemia, com recordes de mortes diárias sendo quebrados seguidamente e se aproximando da marca de 2 mil óbitos por dia. A média móvel de mortes diárias segue acima de mil desde o dia 20 de janeiro.
A escalada da doença no Brasil, que já tirou mais de 262 mil vidas, reforça a posição do país na contramão do mundo, onde a média de mortes tem recuado. Segundo o Imperial College, da Inglaterra, a taxa de transmissão por aqui subiu para 1,13 – o que significa que cada grupo de 100 infectados contamina outras 113 pessoas.
Diferentemente da primeira onda, que se espalhou pelo país em diferentes tempos, a segunda onda da Covid-19 atinge fortemente todas as regiões – o que tem sobrecarregado o sistema de saúde no brasil inteiro, com as redes pública e privada à beira do colapso em vários estados. Em resposta ao agravamento da crise, governos estaduais e municipais têm decretado novas medidas restritivas.
São Paulo determinou o fechamento de serviços não essenciais por 15 dias. Minas Gerais colocou 60 cidades em lockdown. No Rio de Janeiro, bares, restaurantes e o comércio em geral terão horários reduzidos. Já são 23 estados e o Distrito Federal com ações para tentar frear o contágio e desafogar os hospitais.
Enquanto isso, a vacinação – que é a principal arma para vencer o vírus e tem sido a responsável pela desaceleração da pandemia em boa parte do mundo – caminha a passos lentos no Brasil. Menos de 4% da população já receberam a primeira dose. A Fundação Oswaldo Cruz afirma que, com a chegada de insumos da China e previsão de novas remessas nas próximas semanas, vamos ter dezenas de milhões de brasileiros vacinados em abril.
Além da CoronaVac, do Instituto Butantan, e do imunizante de Oxford/Astrazeneca, da Fiocruz, o Ministério da Saúde anunciou um acordo para comprar 100 milhões de doses da vacina da Pfizer/Biontech. Outra negociação em andamento é com a Janssen, do grupo Johnson & Johnson, para o fornecimento de 38 milhões de doses no segundo semestre. O governo brasileiro afirmou ter garantido ainda 20 milhões de doses da indiana Covaxin, 8 milhões já para março, quando também devem chegar 400 mil doses da russa Sputnik.
Para conversar sobre o agravamento da crise sanitária no brasil, o Podcast A+ entrevistou a microbiologista Natalia Pasternak, que é pesquisadora do Instituo de Ciências Biomédicas da USP e presidente do Instituto Questão de Ciência. A cientista destacou as medidas necessárias para combater a alta da doença e apontou os desafios para a vacinação avançar. Com mediação do jornalista Rafael Lisbôa, o bate-papo contou com a participação do analista político Alon Feuerwerker e de Gabriela Wolthers, sócia da FSB Comunicação. A edição é de Guilherme Baldi.
Escute abaixo o episódio, e ainda pelo Spotify ou Apple Podcasts.
O Podcast A+ faz parte da plataforma Bússola, uma parceria entre a Revista Exame e o Grupo FSB.
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